Há quem diga que café é tudo igual, mas não é. O consultor em Gestão Sensorial de Bebidas & Alimentos, Ensei Neto, a convite da Tramontina, conta que existem diversas espécies, sendo duas as mais importantes: a Coffea arabica, das variedades conhecidas Bourbon, Mundo Novo e Catuaí; e a Coffea canephora, das variedades Robusta e Conilon.
Além dos diferentes teores de cafeína, componente que torna nossa mente mais ágil, melhora nossa memória e nos deixa mais despertos, cada variedade tem sua personalidade sensorial. Ou seja, os aromas e sabores que podem ser percebidos numa xícara e são resultado de uma combinação definida pelo lugar onde está a plantação e, principalmente, pelo cuidado do produtor. A semente que é aproveitada do cafeeiro para a produção da bebida origina sabores que dão identidade à bebida durante o processo de torra.
Deu vontade de beber um bom café agora? Mas como então escolher o café? No Brasil, a ABIC – Associação Brasileira da Indústria de Café, que congrega as principais torrefações do país, criou uma classificação para facilitar a vida dos apaixonados por café. São 3 padrões: o Tradicional, o Superior e o Gourmet.
Tradicional
É a classe dos produtos da faixa mais competitiva, de preços mais em conta e onde está a grande parte dos cafés vendidos no Brasil. Para muitas pessoas, é o “gosto e aroma de café de casa”.
Superior
É uma categoria intermediária, com cafés de bebida considerada muito boa, ideal para o consumo no dia a dia, e preços intermediários. É o segmento que mais tem recebido novas marcas ultimamente.
Gourmet
É a classe dos cafés de alta qualidade, que podem oferecer uma bela experiência sensorial.
Ainda existem os cafés especiais, geralmente em micro lotes, como são chamadas as produções limitadas, com a identificação da fazenda produtora e de quem produziu. Esses lotes descrevem o perfil sensorial da bebida com mais detalhes como a acidez e sabores que podem ser percebidos.
Dica importante
Leia sempre o rótulo da embalagem. A data da torra do café, a depender do tipo de embalagem, nos diz o melhor momento para consumo, pois quanto mais fresco, melhor. À medida que o produto se aproxima da validade, pode deixar de apresentar seu perfil sensorial completo ou, ainda, já ter um sabor de oxidado ou envelhecido.
“No final, a decisão de preferência é sua. Por isso, confie nos seus sentidos. Sempre. Se agradou, continue. Caso contrário, faça a fila andar e descubra novos aromas e sabores do clássico cafezinho!”, finaliza Ensei Neto.
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