Com artistas de norte a sul, “Lambes Brasil” está exposta na Vila Cultural Cora Coralina

O destaque da mostra fica por conta de um cartaz de mais de dois metros de altura do coletivo Matriz
Formada por mulheres mães, a obra discorre sobre a maternidade na pandemia. – (Foto: Secult Goiás)

A mostra coletiva “Lambes Brasil”, que faz parte do festival “LambesGoias”, está disponível na Vila Cultural Cora Coralina, nesta terça-feira (19). O evento, que iniciou na última sexta-feira (15), foi criado para difusão e produção da técnica artística do lambe-lambe. E conta com diversos murais individuais e coletivos em Goiânia e oficinas de arte urbana.

Com curadoria de um dos principais coletivos de arte urbana do país, a exposição Lambes Brasil, montada na Vila Cultural Cora Coralina, reúne mais de 25 artistas de lambe-lambe locais e nacionais. A primeira Mostra Lambes Brasil também conta com nomes já consagrados da arte em âmbito nacional, como o paulistano Raul Zito, o alagoano A Coisa Ficou Preta e a maranhense Gê Viana.

A artista Bruna Alcantara, uma das curadoras do projeto, afirma que a presença de artistas de todo o Brasil foi um ponto importante para a exposição. “Questões humanitárias ligadas à igualdade social, racial e de gênero devem ser levantadas com as obras, já que a arte de rua é também uma arte questionadora”, concluiu.

Um dos trabalhos de destaque da mostra é um cartaz de mais de dois metros de altura do coletivo Matriz, de Brasília. Formada por mulheres mães, a obra discorre sobre a maternidade na pandemia. “Construímos esse lambe durante a pandemia, de forma remota, em meio ao cenário desafiador de estar em casa com os filhos”, diz Bárbara Moreira, artista integrante do coletivo. “Foi a nossa forma de dizer o quanto a pandemia recaiu sobre as mulheres gerando insegurança física”.

Entre 15 e 28 de julho, os bairros do Centro, Universitário, Oeste e Sul vão ganhar sete novos murais de artistas goianos, como Ricarjones, Karla Planta e Gabi Matos, e também artistas de outros estados, como a paranaense Bruna Alcantara e o sul-mato-grossense Leonardo Mareco.

Para Diogo Rustoff, o que atrai o público à técnica do lambe-lambe é a forma democrática como ela pode ser usada. “Não é preciso saber desenhar, pintar, usar spray. Com papel, caneta e um pouco de cola, qualquer pessoa pode produzir uma arte urbana”, afirma. “Esse tipo de evento abre um mundo de possibilidades artísticas e novas formas de observar os locais por onde transitamos”, completa.

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