- Artistas expõem seus acervos nos corredores do Hospital Alberto Rassi, deixando o ambiente mais alegre e aconchegante (Foto: Divulgação)
Três artistas autodidatas que tem em comum a paixão pela abundância nos detalhes e a vontade de fazer o bem. Na exposição individual simultânea “Imensidão das cores”, os artistas goianos Dilvan Borges, Manoel Santos e o paraense W. Bonnardiny levam sua arte pela primeira vez a um hospital, com o intuito de colorir e alegrar a vida de quem passa pela unidade. A vernissage da mostra de estilo naif ocorre no dia 3 de fevereiro (terça-feira) às 19 horas, no Ambulatório de Medicina Avançada (AMA) do Hospital Alberto Rassi (HGG).
A exposição faz parte do projeto “Arte no HGG” que promove a inclusão cultural de pacientes, acompanhantes e colaboradores, e também usa a arte como terapia alternativa para usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) que fazem tratamento no hospital, contemplando a política de humanização da unidade. De forma voluntária, artistas expõem seus acervos nos corredores que deixam o hospital mais alegre e interessante.
Manoel Santos é gari durante o dia e a noite tira o tempo para pintar as telas. Ele utiliza a diversidade como principal vertente. Prioriza os animais em situações divertidas e com cores fortes passando a ideia de um ambiente ingênuo, quase infantil. Adepto da arte naif, o artista está ansioso para a abertura da exposição. “Esse projeto de levar o trabalho do artista plástico para dentro do hospital é inovador. A arte naif tem a característica de cores fortes, o que leva alegria para as pessoas. É um conjunto. Para os pacientes se recuperarem, além de alimentação e remédios na hora certa, a arte chega para complementar esse processo, funciona como uma terapia”, disse.
Dilvan Borges retrata a piracema, com cardumes nadando rio acima para a desova no período de reprodução. Quem está apreciando a obra e vê a brincadeira das cores tem a sensação de que a imagem está em movimento. William Bonnardiny é autêntico retratando o meio urbano e suas indefinições. Em seu trabalho é possível ver as situações humanas frequentemente convencionais, ricas em cores e texturas, e que exemplifica a alma do povo brasileiro.
Esta é a quinta exposição recebida no HGG.