Pela primeira vez em seus dez anos de existência, o Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA) tem uma mostra de filmes infantis. Gustav Ritter, um dos pioneiros das artes plásticas em Goiás será o artista homenageado na 11ª edição do festival, que acontecerá de 16 a 21 de junho, na Cidade de Goiás.
Uma realização do Governo do Estado, por meio da Agência Goiana de Cultura (Agepel), o FICA chega à décima primeira edição repleto de novidades em relação a anos anteriores. Outra inovação é que todo o material a ser utilizado em sua realização será reciclado.
Linda Monteiro, a presidenta da Agepel e coordenadora geral do evento, deverá anunciar o conjunto de novas medidas de um dos maiores festivais temáticos do mundo e que distribui a mais expressiva premiação da América Latina, R$ 240 em dinheiro mais troféus, em solenidade terça-feira, 12 de maio, às 19 horas, no Palácio das Esmeraldas. A propósito, novo formato e material dos troféus será uma das revelações do 11º FICA.
Com 29 produções de 13 países na mostra competitiva, o FICA deste ano tem uma programação rica em temas de grande alcance, como o Fórum Ambiental, integrado por debatedores de renome nacional e internacional e ainda um conjunto de produções dos mais diversos formatos que revelam apuro técnico e maturidade de seus realizadores.
A agenda cinematográfica terá como uma de suas atrações o lançamento no circuito comercial de Tropa de Elite, o novo filme de José Padilha. Trata-se de um documentário em preto-e-branco que revolveu emoções no Festival de Berlim (Alemanha) ao retratar o cotidiano de três famílias cearenses que tentam enganar a fome tomando garapa (uma mistura de água com açúcar). A exibição do filme será seguida de debate com o diretor.
Uma das atrações do 11º FICA são os cursos e debates a serem coordenados pelo professor de Cinema da Universidade Federal de Goiás (UFG), Lisandro Nogueira. Ismail Xavier, professor de Cinema da Universidade de São Paulo (USP), e a psicanalista Maria Rita Khel irão debater Corpo, Palavra e Memória do Cinema Brasileiro Contemporâneo. Outra figura expressiva nas mesas de discussões é Olgária Matos, filósofa e professora da USP, que fará exposição sobre A natureza e o homem: o esgotamento ético e o deslimite da razão.
Na coordenação dos cursos de cinema estarão profissionais como Ismail Xavier; o cineasta Paulo Sacramento (O Prisioneiro da Grade de Ferro); Francisco Elinaldo Teixeira, professor da Universidade de Campinas (Unicamp); a professora da Universidade de Santa Catarina, Cláudia Mesquita; a crítica de cinema da revista Veja, Isabela Boscov; a jornalista e diretora-adjunta do portal iG, Alessandra Blanco, e o cineasta e ambientalista Pedro Novaes.
Questões que vão desde a extinção das espécies, passando pelas mudanças climáticas, a escassez crescente de água potável e as doenças causadas por agentes químicos e denúncias contra multinacionais que fabricam agrotóxicos comporão esse grande fórum de discussões em que se converteu o FICA, que chega a 2009 maduro e revigorado.