A despedida de um tributo

Rota 69

Betovani, guitarrista e vocalista da Rota 69, vai se mudar para o Rio de Janeiro. As participações dele e da banda no Bolshoi ficarão esporádicas. O próximo tributo ao Pink Floyd, que atrai um público cativo, pode demorar bastante. Este talvez seja o último Tributo ao Pink Floyd do ano. E o último antes do show de Roger Waters no Brasil em março de 2012, com o repertório do disco The Wall.

A despedida vai ser especial. O show vai ser maior do que o normalmente apresentado. A Rota 69 reúne tudo o que já tocou de Pink Floyd em ocasiões diversas. Além disso, eles preparam a segunda metade do disco In the Flesh, registro ao vivo de Roger Waters de 2000, com repertório inteiramente clássico em versões extremamente progressivas. Vale a pena conferir o bota fora.

O Pink Floyd é uma banda que desafia convenções. Começou psicodélica, na segunda metade dos anos 60. Perdeu um de seus integrantes, Syd Barrett, nos corredores do lado escuro da mente, em 1968. Avançou pelo rock espacial durante os anos 70. Sofreu um doloroso processo de ruptura nos anos 80. E, quanto mais divaga sobre os traumas da incomunicabilidade, fica mais popular.

Vértice imprescindível da trindade que representa o que há de melhor no rock progressivo em todos os tempos, junto com Yes e Genesis, o Pink Floyd, hoje, dá-se ao luxo de ter dois representantes ativos em carreiras paralelas, Roger Waters (baixo) e David Gilmour (guitarra). O tecladista Richard Wright morreu de câncer, em 2008. O baterista Nick Mason diverte-se como piloto de corridas.

O Tributo ao Pink Floyd é uma iniciativa bem sucedida de Betovani, criador da Hollywood Band e 7he Seven. Betovani é de Brasília. Começou no rock ainda criança, ouvindo Beatles e Elvis Presley. Ele descobriu que seu desejo era tocar guitarra aos seis anos de idade. O aprendizado começou aos 12 anos.

Betovani aprimorou-se no Musicians Institute de Los Angeles. A formação estende-se por engenharia de áudio e produção musical. Ele deu aulas, entrou e saiu de várias bandas. Tocou com Syang e Natiruts. Acompanhou Joe Lynn Turner, que foi vocalista do Deep Purple e do Rainbow. Desde 2009, colabora com o Garnoe Creative Group, na França.

Felipe Portilho (teclado) e Zé Castello (sax e violão) são os convidados da Rota 69, formada por Homero Rodrigues (baixo, vocal) e Fábio Bernardo (bateria).

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