A décima primeira edição do Festival de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), na Cidade de Goiás, se referencia pela diversidade e qualidade das produções selecionadas para a Mostra Competitiva do Festival, com temas de alerta para a reflexão e debate das questões ambientais no mundo.
Nas telas do Cinemão e Teatro São Joaquim, onde estão sendo exibidos, os filmes encantam e até mesmo chocam pela densidade com que é mostrado o descaso com os problemas socioambientais.
Com imagens fortes e cenasbrutais, os filmes Espírito de Porco, de Chico Faganello e Dauro Veras, e Clôture (Encerramento), de Michaël Ragot, relatam o sangrento destino e suínos e bovinos: o abatedouro. Divergências à parte, o curta Bode Rei, Cabra Rainha, de Helena Tassara, menos cruel, mostra o outro lado da moeda a partir da sensibilidade e vida útil dessas espécies para o convívio humano.
O longa Caçadores de Dinossauros, dirigido por Neila Tavares e Lara de Campos, traz a expedição de uma equipe de 18 pesquisadores em busca de fósseis de dinossauros no Mato Grosso. A tarefa é encontrar materiais que ajudam a contar a história paleontológica da região mato-grossense.
Amianto e Agente Laranja
Outras quatro produções da Mostra remetem a fatos e denúncias. O iraniano de Fereshtegan Dar Khak Mimirand (Anjos Morrem na Terra), de Babak Amini, fala do massacre aos soldados do Irã, e Arrakis, do diretor Andrea di Nardo, é um documentário-tributo poético aos locais e às vítimas do amianto e do progresso industrial na Itália.
Muito aclamada pelo público, a obra Veneno à Venda: A História de Sucesso da Multinacional Americana Monsanto, de Manfred Ladwig, traz uma havelange sobre o Agente Laranja que foi pulverizado por toda a floresta do Vietnã, deixando um rastro de destruição e sequelas irreparáveis aos sobrevivente. A utópica preocupação com a espécies em extinção é ironizado no em CEst Pas Grave (Não é Nada), de Yacine Sersar.
Fonte: Agepel