Um estado privilegiado pela natureza: assim é o Mato Grosso do Sul, que abriga alguns dos principais destinos de ecoturismo do Brasil. Do cerrado às planícies do Pantanal, o estado apresenta rica biodiversidade e cenários naturais de tirar o fôlego, entre nascentes cristalinas, cachoeiras, rios e matas nativas, além de novos atrativos ecológicos.
Com o sucesso da atual novela das 21h da Rede Globo, os olhos dos brasileiros estão voltados para o Pantanal. Maior planície inundável do planeta e lar de uma flora e fauna abundante, tem cerca de 140 mil km², sendo que 65% dessa área está no Mato Grosso do Sul.
Nesse paraíso natural, perfeito para safáris fotográficos, vivem em torno de 230 espécies de peixes, 650 de aves e dezenas de mamíferos e répteis. Garças e tuiuiús dividem o espaço com jacarés, sucuris, ariranhas e capivaras, enquanto tucanos e araras colorem os céus. Em meio ao mato, cervos, bugios e a majestosa onça-pintada podem ser admirados pelos visitantes. Vale contratar os passeios com uma agência e planejar tudo com antecedência. Para a hospedagem, há opções de barcos-hotéis, pousadas pantaneiras e ainda as estruturas turísticas nas cidades que fazem parte do Pantanal, como Aquidauana, Miranda e Corumbá.
De Miranda, uma das portas de entrada para o Pantanal, são apenas 130 km até Bonito. Assim, os dois destinos podem – e devem – ser visitados em uma mesma viagem. Com uma profusão de nascentes, grutas, rios e cachoeiras, Bonito é exemplo de turismo sustentável. Os atrativos – a maioria em propriedades privadas – respeitam uma capacidade máxima de visitantes por dia, para evitar qualquer dano ao meio ambiente.
A Trilha, por exemplo, retrata esse bioma típico do Centro-Oeste e foi desenvolvida em uma área de vegetação parcialmente inundada em torno de um lago, que abriga uma grande variedade de pássaros e outros animais.
Impossível não citar também a flutuação no Rio Nascente Azul, que acontece em águas incrivelmente cristalinas com um lindo tom de azul turquesa. Depois de admirar o oásis da nascente, os visitantes seguem em uma tranquila descida pelo rio, em meio aos peixes. Outro destaque é o Museu Subaquático de Bonito, inaugurado em outubro do ano passado e o único do mundo em um ambiente de água doce. Equipado com máscara e cilindro, o visitante pode mergulhar no lago e admirar as estátuas submersas.
Na capital Campo Grande, foi inaugurado no final de março o Bioparque Pantanal. O complexo tem 19 mil m² de área construída e a maior diversidade de peixes de água doce do mundo, em especial as espécies do Pantanal. Nos mais de 30 tanques, que totalizam cinco milhões de litros de água, há capacidade para 30 mil animais, entre peixes e répteis. Com um projeto arquitetônico de Ruy Ohtake, o Bioparque Pantanal tem um circuito de aquários que representa os diversos biomas e paisagens do Mato Grosso do Sul, do Brasil e do mundo.