Viagem curta, por terra e o aconchego do espaço motivam os turistas

O brasileiro tem preferido viagens mais curtas, transporte terrestre e hospedagem aconchegante, segundo a Google Brasil no evento Think Travel.
Viagem curta
Tauá Alexania: vista aérea das piscinas Foto: Gabriel Boieras

O turismo no Brasil está mais do que aquecido, comparando com o período pré-pandemia. A novidade apresentada na última semana, por uma pesquisa da Google Brasil, é que existe um novo perfil de viajante e um estilo de viagem mais desejada: mais perto e com a família. O estudo apontou que há maior disposição para viagens em família – elas buscam entretenimento e descanso – em especial aquelas formadas por crianças de até 12 anos. Dentre os destinos mais desejados, estão resorts e hotéis fazendas.

O aumento do interesse em viagens cresceu 10% em relação a 2019. E os brasileiros que, há três anos, não tinham o hábito de viajar, alimentaram essa vontade durante a pandemia e, neste ano, planejam pegar a estrada (+14%). Sim, pegar estrada, já que o perfil dos roteiros preferidos pelos brasileiros surpreendeu. O desejo é por viagem curta, com percursos terrestres e hospedagens aconchegantes.

Nos primeiros meses de 2023, as consultas por viagens de 3 dias – muito comum nos resosrts – cresceram 130% em relação ao mesmo período de 2022. No mesmo período, também cresceram 156% as buscas por rotas de até 250 km – por outro lado, rotas com mais de 3.500 km caíram 77%. Distâncias curtas levam a uma maior procura por transportes terrestres. Entram neste contexto um maior cuidado com a localização. Pesquisas com o termo “bem localizado” cresceram 238% neste ano em relação a 2022; já ‘hotéis perto de mim” tiveram aumento de 412%.

A head de marketing do Grupo Tauá, rede de resorts com unidades em Minas Gerais, Goiás e São Paulo confirma. “Nossos empreendimentos estão a menos de duas horas de carro das capitais Belo Horizonte, Goiânia e São Paulo. Além disso, 95% dos nossos hóspedes são famílias que chegam de carro”, comprovou Carolina Vaz.

Viagem curta

Além de revelar que o número de pessoas que desejam viajar em 2023 aumentou, outro recorte interessante da pesquisa é o socioeconômico. Ele revela a importância das classes C, D e E no reaquecimento do turismo brasileiro. Quatro em cada cinco novos viajantes (82%) pertencem a esses grupos. “Acredito que após o confinamento imposto pela pandemia, o brasileiro está interessado em gastar com viagens que proporcionem boas experiências em família, conforto e comodidades. Isso cria uma nova oportunidade para as redes de resorts, que devem buscar suprir as expectativas com a demanda superior aos níveis pré-pandemia”, afirma Carolina Vaz, do Grupo Tauá de Hotéis.

Deixe um comentário