Sérgio Cabral está lançando pela Lazuli Editora seu novo livro: Quanto mais cinema melhor – Uma biografia de Carlos Manga. A obra relata a fase áurea da Atlântida Cinematográfica, com bastidores e histórias, e também o começo da TV Brasileira, com a Tupi, TV Rio e a Globo.
O Livro começa pelo cinema. Como diretor das Chanchadas, Carlos Manga fez filmes capazes de atrair o maior público que o cinema brasileiro havia conquistado até então. Durante as entrevistas para Cabral, Manga revelou as maiores emoções para esse período. “Quando falava de Oscarito, os olhos dele se enchiam de lágrimas, tal sua devoção pelo comediante”, diz Cabral no livro. Neste período Manga conviveu com momentos distintos. De uma lado os cinemas lotados para ver Oscarito e Grande Otelo e o vilão José Lewgoy. Do outro a crítica, que recomendava que ninguém fosse ver os filmes dirigidos por ele e explicaram a troca do cinema pela televisão.
Na telinha, foi apadrinhado por Chico Anysio, que o convidou para trabalhar na TV Rio e dirigir o programa Chico City, primeiro a usar truques de videoteipe. Os programas de Carlos Manga foram líderes de audiência no Brasil. Na TV Globo, por exemplo, ele foi diretor de programas consagrados como Chico Anysio Show, Os Trapalhões e Domingão do Faustão. Foi diretor de núcleo de novelas como o remake de Anjo Mau (1997), Torre de Babel (1998) e Eterna Magia (2008), bem como das minisséries Agosto (1993), Memorial de Maria Moura (1994) e Um só coração (2004). Nessa época Manga ganhava mais dinheiro e trabalhava menos do que no cinema. E quase abandonou a televisão para dedicar-se exclusivamente à publicidade.
Compõem o filme 50 fotos do acervo particular de Carlos Manga, da época de cinema, televisão e dos bastidores. Quanto mais cinema melhor tem 240 páginas e custa R$ 38.
Em tempo
Jornalista e escritor, Cabral é também um dos maiores biógrafos brasileiros e já prepara seu próximo livro, que será sobre a cantora Aracy de Almeida, com lançamento previsto para o ano que vem, quando ela completaria 100 anos.