Uma fase cheia de incertezas, dúvidas e muitas mudanças, na adolescência diversas alterações acontecem. Habituados a era de rede e cercados por filtros de beleza, estima-se que esse ambiente ajudou a impulsionar procedimentos estéticos, tanto que plataformas começaram a banir seu uso.
Contudo, Arnaldo Korn, diretor do Centro Nacional Cirurgia Plástica ressalta que, em meio a esse cenário, a facilidade de pagamento mediado por assessorias financeiras é outro fator que contribui para o aumento. “Hoje o paciente pode contar com apoio financeiro para organizar e ajustar os custos de acordo com cada condição”, comenta Korn.
Um fator fora das redes é que, na vida real, o bullying ou desconforto por conta própria relacionado ao tamanho do nariz e às orelhas acontecem rotineiramente. As orelhas mais abertas levam o apelido nem sempre consentido de “abano”, por isso a ostoplastia também tem seu espaço nesse aumento com quase 50 mil procedimentos apenas em 2015, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), com os principais pacientes sendo crianças e um dos pontos para o aumento sendo o bullying.
Porém, a mais procurada pelos adolescentes com mais de 70 mil procedimentos, apenas em 2017, é a rinoplastia, que corrige um incômodo no nariz. O implante de silicone dessa vez fica em segundo lugar com pacientes até os 18 anos. Como há mudanças corporais nessa fase, o mais indicado é, ao decidir fazer uma cirurgia, procurar um profissional adequado. “O custo não deve se sobrepor à segurança da saúde do paciente. Em uma simples pesquisa, é possível verificar o histórico do médico e a reputação da clínica onde se fará o procedimento”, reforça Korn.
Independentemente da razão ao optar por um procedimento estético, o consentimento dos pais e o envolvimento da família é necessário. No caso das cirurgias feitas mais por estética, é importante que o paciente tenha maturidade emocional e expectativas realistas para passar pelo procedimento.