Uma análise do Sebrae, feita a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mostra que no primeiro semestre deste ano as micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por 961,9 mil vagas de emprego (72,1% do total). Médias e grandes responderam por pouco mais de 279,8 mil (21%), esse quadro é semelhante ao resultado registrado no primeiro semestre de 2021, quando os pequenos negócios geraram 7 em cada 10 vagas.
No acumulado dos seis primeiros meses de 2022, segundo o levantamento do Sebrae, as MPE do setor de Serviços continuaram sendo a principal força geradora de postos de trabalho do país, superando a marca de 533 mil contratações. Os setores de Construção e Indústria da Transformação seguem em segunda e terceira posições, com 168,8 mil e 126,3 mil empregos gerados respectivamente. Em todos os setores, as micro e pequenas empresas apresentaram saldo positivo no período, inclusive no Comércio, que foi o único com saldo negativo entre as médias e grandes. Enquanto as MPE criaram 90.6 mil novos postos, as MGE encerraram 42,8 mil vagas.
Para o presidente do Sebrae, Carlos Melles, os números da pesquisa confirmam que as pequenas empresas são o segmento com melhores condições para responder ao desafio da criação de empregos no país. “Apesar da alta da inflação, que atingiu em cheio os pequenos negócios, os empreendedores conseguiram manter um primeiro semestre extremamente positivo. Acreditamos que a nova fase do Pronampe, iniciada no final de julho, deve contribuir ainda mais para a melhoria desse cenário, permitindo que as micro e pequenas respirem um pouco melhor e façam os investimentos necessários para aumentar a sua produtividade”, avalia Melles.
De acordo com o Caged, o Brasil teve um saldo positivo de 277,9 mil novas vagas em junho. Desse total, as MPE foram responsáveis pela criação de 176,8 mil empregos (63,6% do total), enquanto as médias e grandes tiveram uma participação de 26,6% no total de vagas (saldo de 73,9 mil vagas).
De modo semelhante ao mês de maio, todos os setores, em todos os portes (MPE e MGE), apresentaram saldos de contratações positivos. Entre os pequenos negócios, o setor de Serviços liderou com 78 mil novos postos de trabalho.
Números do Caged
- No acumulado do 1º semestre de 2022, o Brasil já criou mais de 1,3 milhão de novos postos de trabalhos formais.
- As MPE foram responsáveis por 961,9 mil (72,1%) das novas contratações.
- As MGE são responsáveis por pouco mais de 279,8 mil vagas (21%).
- As micro e pequenas do setor de Serviços criaram 533 mil novos empregos no acumulado de 2022.
- Em junho deste ano, as MPE desse segmento responderam por 78 mil empregos.