Donald Trump assume presidência dos Estados Unidos e anuncia primeiras medidas; entenda

Republicano reforça políticas anti-imigração, saída de acordos ambientais e fortalecimento da economia
Donald Trump
(Foto: Reprodução/ X)

Nesta segunda-feira (20), Donald Trump assumiu a presidência dos Estados Unidos em uma cerimônia realizada no Capital One Arena, em Washington, D.C. Com um discurso de cerca de 30 minutos, o 47º presidente do país reiterou medidas contra a imigração ilegal, a saída de acordos ambientais, como o de Paris, e o fortalecimento da economia americana.

A cerimônia contou com a presença de CEOs de grandes empresas de tecnologia, incluindo Mark Zuckerberg (Meta), Elon Musk (X) e Jeff Bezos (Amazon). O ex-presidente Jair Bolsonaro não compareceu devido a um bloqueio imposto pela Justiça brasileira. Já a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro estiveram na capital americana, mas não participaram do evento.

Com o lema “Make America Great Again” (em português, “Torne a América Grande Novamente”), Trump reafirmou políticas protecionistas e o fortalecimento de medidas contra a imigração ilegal. Como parte de seu plano de governo, anunciou que a região do Golfo do México passará a ser chamada de Golfo da América, em um gesto de reforço à soberania nacional.

“Toda entrada ilegal será imediatamente impedida, e iniciaremos o processo de deportação de milhões de imigrantes ilegais a seus países de origem. Restabeleceremos a política do ‘fique no México’ e implementaremos a lei de prender e deportar. Tropas serão enviadas para o sul para dificultar a entrada em nosso país. Além disso, designarei os cartéis de drogas como organizações terroristas internacionais”, afirmou o presidente em seu discurso.

Entre as medidas anunciadas está a proposta de proibir o direito à cidadania americana por nascimento. Segundo Trump, a medida busca conter o aumento do número de estrangeiros que têm filhos nos Estados Unidos para garantir a nacionalidade americana.

Em outro momento do discurso, Trump afirmou que o país está entrando em uma nova “Era de Ouro”. A expressão faz alusão ao apogeu econômico dos anos 1920, marcado pelo surgimento de multinacionais, pelo impacto econômico da Primeira Guerra Mundial e pela expansão de símbolos culturais americanos no mundo.

Em relação à economia, o republicano destacou planos para retomar o controle do Canal do Panamá, construído sob a liderança americana no início do século XX para facilitar rotas comerciais. Trump criticou o atual controle chinês sobre o canal e a imposição de sobretaxas aos navios americanos. “O espírito desse presente ao mundo foi violado. Não fomos tratados de forma justa, especialmente pela China, que opera o canal. Por isso, vamos retomá-lo”, declarou.

Durante coletiva de imprensa na Casa Branca, Trump comentou que espera relações promissoras entre os governos, mas destacou a dependência do Brasil em relação aos Estados Unidos.

No âmbito ambiental, Trump confirmou a saída dos Estados Unidos de acordos e organizações internacionais. Após retirar o país do Acordo de Paris em seu primeiro mandato (2016–2020), o presidente anunciou que o país novamente deixará o tratado e iniciará o processo de saída da Organização Mundial da Saúde (OMS).

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