Nasa registra aumento da atividade solar após 16 anos de queda; entenda

Nasa atividade solar
(Foto: Nasa/Unsplash)

O Sol apresentou um aumento de atividade nos últimos 16 anos, revertendo uma tendência de enfraquecimento registrada desde a década de 1980. A conclusão é de uma pesquisa conduzida por cientistas da Nasa publicada no Astrophysical Journal Letters. Segundo a agência, após atingir, em 2008, o ponto mais fraco já observado, a estrela entrou em processo de intensificação gradual, surpreendendo especialistas que previam um período de inatividade prolongada, o chamado “mínimo solar profundo”.

O físico de plasma espacial Jamie Jasinski, autor principal do estudo, afirmou ao jornal CBS News que “todos os sinais apontavam para uma fase prolongada de baixa atividade. Então foi uma surpresa ver essa tendência se inverter. O Sol está lentamente despertando”. Desde 2008, observações indicam aumento das ejeções de plasma e fortalecimento do campo magnético em todo o sistema solar. O fenômeno ocorre durante o atual Ciclo Solar 25, iniciado em 2020, que sucedeu o ciclo mais fraco em um século.

O avanço da atividade solar pode provocar tempestades e erupções, além de ejeções de massa coronal, fenômenos classificados como parte do “clima espacial”. Esses eventos têm potencial para afetar satélites, missões espaciais, expor astronautas a riscos e causar falhas em redes elétricas, sistemas de GPS e comunicações via rádio. Em maio de 2024, por exemplo, a Terra enfrentou a tempestade geomagnética mais intensa em mais de 20 anos, que possibilitou a visualização da aurora boreal até no México.

Para ampliar a capacidade de monitoramento, a Nasa e a NOAA planejam lançar novas missões, como o Interstellar Mapping and Acceleration Probe (IMAP), o Carruthers Geocorona Observatory e o satélite SWFO-L1. As iniciativas buscam compreender melhor o ambiente espacial e proteger tecnologias críticas, além de apoiar o programa Artemis, que prevê o retorno de humanos à Lua. O próximo ciclo solar, de número 26, deve começar entre 2029 e 2032, mas ainda não há previsões sobre sua intensidade.

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