Voz que deu sucesso a hits como “Baby”, “Um dia de domingo”, “Chuva de prata” e “Lágrimas negras”, Gal Costa morreu na manhã desta quarta-feira (9), aos 77 anos. Sem a causa de morte divulgada, a informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da cantora.
É com profunda tristeza e o coração apertado que comunicamos o falecimento da cantora Gal Costa, na manhã desta quarta, 09/11, em SP. Informações sobre o velório e sepultamento serão divulgadas posteriormente.
Agradecemos o carinho de todos neste momento tão difícil.
Equipe Gal pic.twitter.com/TLb3NlOPfz— Gal Costa (@GalCosta) November 9, 2022
Gal estava confirmada como uma das atrações principais do “Primavera Sound”, festival de música anual realizado pela primeira vez em São Paulo, mas cancelou sua participação no evento, realizado no último fim de semana, em decorrência de uma cirurgia realizada em setembro para a retirada de um nódulo no nariz. O show seria inspirado em seu disco “Fa -Tal – Gal a Todo Vapor”, produzido ao vivo em 1971, nomeado como um dos melhores álbuns brasileiros pela revista Rolling Stone.
Nascida em Salvador, na Bahia, Maria da Graça Costa Penna Burgos começou a cantar na adolescência. E, em 1964, ao se juntar com os artistas Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé e Maria Bethânia em “Nós, Por Exemplo”, iniciou a construção do seu império no cenário da música brasileira.
Ao lançar “LeGal”, em 1970, após uma visita aos artistas em exílio Gilberto Gil e Caetano, tornou-se representante do tropicalismo no Brasil.
Com uma carreira de interpretações inesquecíveis, a cantora também marcou época quando, em 1975, gravou “Modinha para Gabriela”, para ser o tema da novela Gabriela, da TV Globo. Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, a cantora marcou com sua voz composições de grandes nomes da música brasileira, como “Aquarela do Brasil”, de Ary Barroso, “Festa do Interior”, de Abel Silva e Moraes Moreira e “Sonho meu”, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho.
Em 2011, Gal apresentou “Recanto”, produzido e composto por Caetano Veloso. Apresenta um repertório inovador, cercado por músicas eletrônica e funk carioca. Seu último álbum de inéditas é “A pele do futuro”, de 2018, o 40º de sua carreira. O gosto musical do filho, Gabriel, atualmente com 17 anos, foi a inspiração para as composições.