Flacidez e sensação de pele derretendo: a necessidade do estímulo de colágeno

Bioestimuladores de colágeno são indicados a partir dos 25-30 anos de idade, quando o organismo começa a diminuir a produção da substância que dá elasticidade à pele
Existem tratamentos eficazes para melhoria da flacidez da pele e até mesmo para retardar a perda do volume do rosto (Shutterstock)

Você já se olhou no espelho e percebeu o semblante mais caído, o rosto mais mole e teve aquela sensação de que a pele está derretendo?  E não é por causa do calor ou pelo cansaço acumulado. Essa sensação é resultado da flacidez da pele, que é provocada por fatores como a perda de colágeno, o que é mais comum a partir dos 30 anos de idade.

Conforme explica a dermatologista Daíne Vargas, o processo de envelhecimento da pele é complexo e começa com a perda de sustentação das estruturas da face e, consequentemente, com o deslocamento das áreas de gordura do rosto. “À medida que vamos envelhecendo, essa gordura ou volume do rosto vai ‘escorregando’ e vão se formando o que chamamos de bolsas e sulcos”, esclarece.

A pele, por sua vez, tem a textura comprometida. “E aí aparecem as rugas finas, manchas, perda de brilho, de elasticidade, e as rugas de expressão. Tudo isso resulta na flacidez e sensação de pele derretendo”, ressalta.

A boa notícia é que existem tratamentos eficazes para melhoria da flacidez da pele e até mesmo para retardar a perda do volume do rosto. “Os bioestimuladores de colágeno, como Sculptra e Radiesse, estimulam a produção de colágeno que o organismo vai deixando de produzir a partir dos 25-30 anos de idade. É indicado que o paciente faça pelo menos uma sessão ao ano com bioestimulador de colágeno”, explica a dermatologista Fernanda Carla Castro.

Segundo a médica, os bioestimuladores provocam uma leve reação inflamatória na derme, uma das camadas da pele, o que faz com que os fibroblastos (células que produzem colágeno), sejam ativadas e produzam novas fibras de sustentação à pele. “Os bioestimuladores também agem com efeito preenchedor porque dão volume às áreas tratadas”, explica.

A aplicação é semelhante a que é feita quando o paciente se submete a um procedimento de preenchimento com ácido hialurônico. O produto é aplicado em áreas específicas da face por meio de microcanulas. “Hoje também temos os fios de PDO, que são fios que também estimulam a produção de colágeno e que podem ser fixados na pele e indicados dependendo do caso do paciente”, informa Fernanda.

Duração

“A duração de qualquer procedimento estético varia de paciente para paciente porque depende do organismo do paciente e de fatores como idade, estilo de vida, tabagismo, atividade física, dentre outros. Mas, em média, pode-se dizer que esse estímulo acontece até 12 meses após a aplicação”, ressalta Daíne Vargas.

Sculptra ou Radiesse?

“Qual a diferença entre eles? Ouço muito essa pergunta no consultório”, diz Daíne. Segundo a médica, os bioestimuladores podem ser diferenciados da seguinte forma:

Sculptra

É composto por ácido polilático. Indicado para melhorar o contorno facial e corporal. No rosto, é indicado na área mais lateral para que, quando o colágeno seja estimulado, a pele retraia, dando a sensação de lifting. No corpo, para tratar celulite e flacidez dos braços, coxas, glúteos e abdômen.

Radiesse

É composto pela hidroxiapatita de cálcio. É usado também no rosto e pode ser usado nas mãos para tratar a perda de volume; no pescoço, colo, parte interna do braço, coxas e também nos joelhos para minimizar a flacidez dessas áreas.

Skincare

A médica Fernanda Carla Castro ressalta que mesmo que o paciente se submeta aos bioestimuladores de colágeno não deve se descuidar da rotina de skincare, pois ela assegura a boa qualidade da pele. “A rotina de skincare garante a hidratação, nutrição e proteção solar da pele. Isso é fundamental para que a pele envelheça de forma saudável e bonita. O colágeno, sozinho, não faz milagre”, enfatiza.

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