Beleza aos 40 anos: é possível chegar lá com a pele bonita e saudável?

Dermatologistas afirmam que cuidados com a pele devem começar ainda na infância, com o uso contínuo do protetor solar. Já os procedimentos estéticos não têm idade exata, e variam de acordo com cada tipo de pele
(Foto: Shutterstock)

Se há alguns anos chegar aos 40 era sinônimo de presenciar o avanço das rugas, manchas e flacidez na pele, e começar a se atentar à saúde do organismo, hoje essas preocupações são menos recorrentes. O avanço da ciência, em todos os âmbitos, tem nos assegurado vida mais longa e saudável, sobretudo à nossa pele. Há quem diga que os 40 são os novos 30, em referência justamente à evolução da ciência e das novas tecnologias. E como usar esse avanço a nosso favor, para que a chegada dos 40 anos de idade represente corpo e pele saudáveis e com vitalidade?

“É possível, sim, ter uma pele bonita e saudável aos 40, desde que comecemos ainda jovens a tratar dela; sobretudo, a não maltratá-la”, ressalta a dermatologista Daíne Vargas. “Hoje, estudos mostram que começar a hidratação da pele poucas semanas após o nascimento evita a dermatite atópica, por exemplo. Nas crianças, é importante a hidratação diária e a proteção solar durante a exposição recreativa. A hidratação previne doenças relacionadas ao rompimento da barreira cutânea. Na infância, também é importante evitar as picadas de mosquito para não deixar manchas”, acrescenta.

De acordo com a profissional, os cuidados devem persistir principalmente na adolescência, quando doenças de pele que não são tratadas podem deixar sequelas para o resto da vida. “É o caso da acne e de doenças como a rosácea e o melasma”, exemplifica.

A dermatologista Daíne Vargas ressalta que é possível, sim, ter uma pele bonita e saudável aos 40, desde que se comece a cuidar dela ainda cedo (Foto: Divulgação)

O poderoso filtro solar

“Aos 40 anos a pele já perde um pouco do tônus, tem muitas manchinhas de sol, porque a população que hoje tem 40 anos não usava protetor solar quando era criança. Tem ruguinhas mais finas e certa flacidez”, observa a dermatologista Fernanda Carla Castro.

“O filtro solar, além de proteger contra os raios solares que causam o câncer de pele, protege também contra o infravermelho e a luz visível, que causa o envelhecimento e manchas na pele. Por isso, orientamos o uso do protetor solar até dentro de casa, em especial para quem tem tendência às manchas”, completa Daíne.

Conforme destacam as especialistas, as manchas na pele são um dos principais problemas enfrentados com a chegada dos 40 anos e, geralmente, são resultado da exposição solar retrógrada. Somada às manchas, começa a flacidez da pele, a perda do contorno do rosto e as rugas se tornam mais acentuadas.

“Para evitar esses problemas é necessário se livrar dos maus hábitos que aumentam a quebra das fibras do colágeno e da elastina da pele. Esses hábitos são, em especial, fumar e se expor ao sol. Com o avançar da idade, essas fibras já serão degradadas pelo próprio processo natural do envelhecimento. O que devemos evitar são os hábitos que fazem acelerar esse processo”, ressalta Daíne.

Cuidados diários

Segundo a dermatologista Fernanda Carla, os cuidados rotineiros com a pele exigem o uso de hidratante e filtro solar, de preferência os que têm com cor, quando se trata da pele da mulher. “E algum agente anti-idade também, e aí temos vários. Temos a vitamina C, que é um antioxidante. O retinol, ácido glicólico, ácido hialurônico, dentre outros. E é indispensável lavar a pele com o sabonete indicado para aquele tipo de pele”, afirma.

Geralmente, recomenda-se o uso do protetor solar pelo menos três vezes ao dia, o sabonete duas vezes ao dia, hidratante pela manhã, ácido à noite, e produto para a área dos olhos duas vezes ao dia. Além disso, não beber, não fumar, fazer atividade física regular, e manter alimentação saudável, rica em verduras e frutas, faz parte dos cuidados, conforme destaca a profissional.

“Os cuidados rotineiros com a pele exigem o uso de hidratante e filtro solar”, lembra a dermato Fernanda Castro (Foto: Divulgação)

Procedimentos estéticos

Não há idade ideal para se começar os procedimentos estéticos, já que cada pessoa tem características específicas e os tipos de pele são diferentes. “Por exemplo, às vezes tem adolescente que já indicamos iniciar o uso da toxina butolínica (botox), porque aquela pessoa tem rugas de expressão muito fortes, que já vão ficar marcadas no futuro. Para outras, indicamos o uso a partir dos 30 anos”, explica Fernanda.

Segundo ela, os procedimentos mais utilizados para quem quer chegar aos 40 com a pele bonita e saudável são: uso da toxina butolínica em média de seis em seis meses; preenchimento uma vez ao ano; radiofrequência; laser que melhore tônus e flacidez da pele, como CO2, luz pulsada, fraxx, ultrassom microfocado. Preenchedores e lasers estimulam colágeno. “Se você puder fazer pelo menos alguma coisa dessas, você já vai ter um ganho. Uma pessoa que envelhece bem está sempre fazendo algum procedimento”, ressalta.

A dermatologista Daíne Vargas acrescenta a importância do uso dos biostimuladores de colágeno, já que a partir dos 30 anos a substância começa a se degradar no organismo. “É fundamental um estímulo anual, quer seja com bioestimuladores injetáveis (radiesse e sculptra) ou até mesmo com os equipamentos médicos, como o ultraformer”, completa.

O que serve para sua amiga pode não te servir

É consenso entre as duas dermatologistas que tratamentos para a pele são individualizados. “Não é porque sua amiga usa que você pode usar”, ressalta Fernanda. “O que é indispensável para uma pessoa, pode ser dispensável para a outra. Cada pessoa tem um processo de envelhecimento. Algumas fazem mais rugas, outras têm mais flacidez; outras, mais manchas”, completa Daíne.

“A toxina botulínica, sem dúvida, é indicada para a maioria dos pacientes e uma grande aliada para evitar o surgimento de rugas, em especial os pés de galinhas, as rugas da testa e entre as sobrancelhas. Além de melhorar o contorno do rosto”, destaca a dermatologista.

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