De 7 de maio a 7 de setembro os portugueses promoveram uma votação, no mínimo, deliciosa. Dentre os diversos exemplos da culinária local, pratos tradicionais foram eleitos as 7 Maravilhas da Gastronomia de Portugal representando cada uma, uma região do país. A participação foi impressionante: foram registrados 899.069 votos. O processo seletivo começou em fevereiro, quando a organização do pleito abriu fase para candidaturas. Depois, um grupo de especialistas escolheu 70 pré-finalistas, que foram reduzidos a 21 pratos, por personalidades do país, entre chefs, políticos, publicitários, críticos gastronômicos, etc. Coube ao povo português dar o veredicto através do site www.7maravilhas.pt, Facebook, telefone e SMS. Confira abaixo cada uma destas iguarias e não se esqueça de incluí-las na lista para provar em sua próxima viagem ao país.
Alheira de Mirandela
Trás-os-Montes e Alto Douro – Mirandela
A Alheira de Mirandela é a linguiça regional mais consumida e conhecida no país. Pode ser apreciada como prato principal ou dentro decozidos, caldos e feijões. É uma ótima entrada assada na brasa ou frita em um pouco de azeite.
Queijo Serra da Estrela
Beira Litoral / Beira Interior – Serra da Estrela
O Queijo Serra da Estrela é famoso por sua cremosidade e sabor único. Feito a partir do leite das ovelhas da Serra da Estrela e Mondegueira, com flor do cardo (Cynara cardunculus) e sal marinho, o queijoganhou recentemente várias medalhas de ouro em concursos internacionais e o seu nome está reconhecido como DOP (Denominação de Origem Protegida) em todo o espaço Europeu.
Caldo Verde
Entre Douro e Minho
De origem Minhota, mas adotado por todas as regiões, o caldo tem como ingredientes couve-galega, batata, azeite, alho, cebola, água, chouriço e sal, sendo preparado em um tradicional pote de ferro com a ajuda de uma colher de pau, até estar pronto para ser servido nas famosas tigelas de barro portuguesas.
Arroz de Marisco
Estremadura e Ribatejo – Praia de Viera – Marinha Grande
O Arroz de Marisco, da Praia de Vieira de Leiria, é um prato muito conhecido. Diferencia-se dos restantes por ser servido diretamente do fogo, em um tacho de barro, ainda fervendo. A lagosta, os camarões grandes e as amêijoas (moluscos) conferem-lhe um sabor único do mar, muito bem acompanhados com pimentão, coentro e arroz carolino (típico portuguêS).
Sardinha Assada
Lisboa e Setúbal – Setúbal
Em 15 de janeiro de 2010, a sardinha portuguesa, com destaque para a pescada em Setúbal, foi o primeiro pescado na Península Ibérica e na União Europeia a obter o rótulo azul com a certificação de sustentabilidade e boa gestão dos recursos piscatórios MSC (“Marine Stewardship Council”). Não só seu sabor, mas a forma de preparo também é essencial para manter a fama deste prato. A maneira como as sardinhas são colocadas (com as barrigas para dentro) para assar em fogo brando, faz desta iguaria o orgulho gastronômico da região. Para melhor saborear a sardinha, esta deverá ser comida em cima do pão, o qual poderá ser tostado nas brasas.
Leitão da Bairrada
Beira Litoral – Bairrada
Desde o tempo dos romanos que o leitão assado é conhecido. São confeccionados aproximadamente três mil leitões por dia na região e o leitão assado é servido em dezenas de restaurantes e preparado por centenas de “assadores” nas suas casas, trazendo à Bairrada milhares de apreciadores desta iguaria durante todo o ano. É temperado com banha de porco, sal, alho e pimenta. É no forno bairradino aquecido com lenha que o leitão vai assar lentamente, cerca de 2 horas, espetado numa vara. A sua qualidade deve-se à escolha das raças, como a Bisara (raça original e preferencial) e os vários cruzamentos de raças atualmente existentes.
Pastelde Belém
Lisboa eSetúbal – Lisboa
Item que não podia faltar na lista é certamente o doce mais conhecido dentro e fora de Portugal. Sua receita teria sido criada por monges do Mosteiro dos Jerónimos, em Belém. Em 1837 inicia-se a fabricação dos “Pastéis de Belém”, segundo a antiga “receita secreta”, oriunda do convento, a qual é exclusivamente conhecida por três mestres confeiteiros que os fabricam artesanalmente, na “Oficina do Segredo”. Esta receita mantém-se igual até aos dias de hoje. No ano passado a casa vendeu 7,3 milhões de unidades.