Trump propõe reconstrução trilionária de Gaza com apoio de países árabes

Após o cessar-fogo permanente, o presidente dos Estados Unidos afirmou que países do Oriente Médio financiarão a reconstrução de Gaza, onde a ONU estima mais de 190 mil edifícios destruídos.
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Com o cessar-fogo em vigor na Faixa de Gaza, a pauta da reconstrução do território palestino começa a ganhar forma. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta quinta-feira (9) que o processo exigirá trilhões de dólares e que a maior parte dos recursos deve vir de países do Oriente Médio. A previsão surge em meio à preparação de uma cúpula internacional no Egito para discutir o futuro da região.

Em entrevista à Fox News, Trump afirmou que os Estados Unidos terão participação ativa na reconstrução, mas reforçou que o principal papel financeiro caberá a países vizinhos. “São nações com enorme riqueza e interesse em ver Gaza reconstruída”, disse. O presidente não detalhou, no entanto, quais serão os contribuintes, nem o valor exato do investimento previsto.

Dados do Centro de Satélites das Nações Unidas apontam que cerca de 193 mil edificações foram destruídas ou danificadas em Gaza até julho. Entre elas estão 213 hospitais e 1.029 escolas. A estimativa reforça a dimensão do desafio humanitário e logístico que o território enfrentará após anos de conflito.

O anúncio de Trump antecede a realização de uma cúpula no Egito, prevista para esta sexta-feira (10), com a presença de representantes de mais de 20 países. O encontro, organizado em parceria com o presidente egípcio Abdel Fattah Al Sisi, pretende definir um plano de reconstrução e segurança para Gaza. Ainda não há confirmação da participação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

O plano americano, composto por 20 pontos, prevê o desarmamento do Hamas e a renúncia do grupo ao controle do território. Fontes ligadas à organização afirmam, porém, que o desarmamento “não é negociável”. O Hamas anunciou que não governará Gaza após o conflito, mas continuará participando da vida social palestina.

Próximos passos

A primeira etapa do cessar-fogo incluiu a libertação de reféns e prisioneiros de ambos os lados. O Hamas entregou 20 israelenses à Cruz Vermelha, enquanto Israel libertou mais de 250 palestinos. O governo israelense, contudo, mantém o alerta máximo e pretende eliminar túneis subterrâneos utilizados pelo grupo extremista.

Apesar das incertezas, o cessar-fogo representa um marco político após dois anos de guerra, que deixaram mais de 67 mil mortos em Gaza e 1.200 em Israel. A reconstrução do território, entretanto, dependerá de acordos financeiros e diplomáticos que ainda estão em fase inicial. A reconstrução de Gaza é vista como um teste decisivo para a diplomacia internacional e para a estabilidade do Oriente Médio. Enquanto a comunidade global tenta definir quem pagará a conta, milhões de palestinos aguardam a chance de recomeçar em meio aos escombros.

As informações são da CNN Brasil

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