A Cidade de Goiás é conhecida por sua arquitetura, suas ruas de pedra e pela sua personagem mais famosa, Cora Coralina. Mas ao lado da casa da poetisa, especificamente no número 26, existe um lugar que converge aquilo que é mais apreciado pelos goianos: cultura popular, gastronomia e religiosidade.
O Caldeirão das Artes se resume em vários espaços dentro de um só, como se fosse um calidoscópio. Os atores Lúcia Agustini e Robson Max, criaram um local que abrigasse diversos elementos. A pequena casa azul, quase vizinha a casa de Cora Coralina, contam além da loja de artesanato, chamada Bodega Fantástica; uma loja de artigos religiosos africanos e indígenas, a Samborá; e um café conhecido como Grão Café Realejo.
O Café é, sem duvidas, um lugar para se encantar. O ambiente é decorado de forma a lembrar um pequeno teatro itinerante e contém diversos elementos da cultura popular de outros países como Itália, França e Alemanha. A intenção do casal de artistas foi criar um ambiente aconchegante e lúdico que inspirassem os seus clientes a entrarem em uma fábula.
Mas se na decoração há um mix de culturas, o cardápio do café é essencialmente goiano. O prato principal é o crepe, que apesar de ser um prato tipicamente francês, tem sabores típicos da região do cerrado. Emiclea Alves, uma das responsáveis pelo Café Grão Realejo, indica os melhores pratos oferecidos: crepe de flor de ipê ou crepe de chocolate com laranja; para beber, o drink café realejo, feito com café, cachaça de alambique, creme e gelo; e por fim uma extensa cartela de vinhos italianos.
Caldeirão das Artes
O espaço nasceu da paixão de Robson pela arte e pela cultura popular. Há vinte anos, ele se envolveu em um projeto social chamado Espaço Cultural Vila Esperança que oferece às crianças da Cidade de Goiás a oportunidade de aprender diversas vertentes artísticas como o cinema, o teatro e a música.
Emiclea Alves participa do projeto como educadora e trabalha no Caldeirão das Artes em épocas de grande movimento na cidade. Ela conta que o espaço é um projeto comercial que objetiva arrecadar dinheiro para os projetos sociais do casal de artista. “Tudo aqui foi pensando para ser reaplicado no Espaço Cultural Vila Esperança”, afirma.
