O que resta do Cinema? Jacques Aumont analisa no XII FICA

“O nome mais importante do FICA em todos os tempos”. A afirmação categórica de Lisandro Nogueira, consultor de Cinema do XII Festival Internacional de Cinema e Vídeo Ambiental (FICA), ressalta a importância da participação do crítico, historiador e teórico de cinema Jacques Aumont na edição deste ano, que será aberta nesta próxima terça-feira (dia 8) na Cidade de Goiás.

Aos 68 anos de idade, o francês Jacques Aumont tem um currículo invejável. Em sua carreira acadêmica, é autor de duas dezenas de livros com foco principalmente em Cinema, além de ocupar cargos importantes dentro de grandes universidades do mundo. Escreve regularmente para a revista Cinéma e dirige o Centro de História do Cinema da Cinemateca Francesa. De 1967 a 1974, fez parte da redação da revista francesa Cahiers du Cinéma, onde despontaram cineastas como Jean-Luc Godard (Acossado) e François Truffaut (Jules e Jim – Uma Mulher para Dois). A publicação voltada para a crítica cinematográfica deu origem a Nouvelle Vague, uma das mais importantes correntes do cinema mundial.

Atualmente, Aumont leciona na Universidade de Paris 3 (Nova Sorbonne) e na Escola de Estudos Avançados em Ciências Sociais. Em sua carreira, já deu aulas na Universidade de Paris 1 e na Universidade de Lyon. Além de cursos como professor especial convidado nos Estados Unidos (Berkeley, Madison e Iowa), Holanda e Portugal. Seus pensamentos causaram grande impacto nos estudos teóricos do Cinema. Foi um dos primeiros estudiosos a se interessar pela “figuralidade” na sétima arte. Aprofundou-se em temas como a relação entre pintura e Cinema, assim como a constituição e a percepção da imagem cinematográfica em relação às demais artes visuais.

Pela primeira vez no Brasil, em visita exclusiva para o XII FICA, Aumont fará parte do júri de premiação do festival e dará a conferência “O que resta do Cinema?”, que será realizada às 10 horas do dia 11 (sábado), no Hotel Vila Boa, na Cidade de Goiás. O debate será coordenado por Ismail Xavier. Adiantando parte do conteúdo que será enfocado, Lisandro Nogueira diz que, para Aumont, vivemos um período difícil do Cinema, em que tudo que existe é uma mera repetição do que já foi feito no passado.

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