Na Bela Grécia ? em Thebas

O público goianiense vai poder assistir, nos dias 7 e 8 de maio próximos, no Teatro Pyguá, no Centro Cultural Martin Cererê a apresentação de Laio, Texto de autoria de H. Haydt de S. Mello, que terá a direção do ator e diretor Ivan Lima, e participação especial de Débora di Sá ( como Bacante ). O espetáculo, uma produção independente, resgata a Thebas da antiga Grécia, e vem contar, através dos apontamentos do autor, a história de LAIO, o pai de Édipo, e suas consequências.

Com vasta carreira iniciada na década de 1970, Ivan Lima se mostra provocado pela escrita do autor: “Ao ler esse texto pela primeira vez, fiquei maravilhado com a sofisticação da escrita e com a dramaticidade das cenas, ao contar o que tão raro sabemos, de onde vem a maldição de ÉDIPO. Fiquei entusiasmado com a possibilidade de encena-lo . Nas releituras, fui descobrindo e aprendendo, os significados das palavras, das frases ,das intenções de cada personagem para contar o Homem… Laio é um personagem de grande dramaticidade, no seu jeito peculiar de ser e Humberto se vale disso para falar sobre nós, seres humanos. Escreve sobre a Grécia com tudo o que sabe sobre ela, e sobre isso eu construí também a minha Grécia, com um respeito enorme pelo texto acrescento a minha compreensão teatral, a minha viagem naquilo que foi desperto em mim pelo Humberto Haydt.”

O diretor conta também que é a primeiro vez que dirige o elenco formado para esta apresentação: “Tenho um elenco iniciante, não na vida, mas na sua experiência de fazer teatro, e com imenso prazer, tento passar os 46 anos de profissão, que faço neste ano de 2010. E com certeza muitas revelações acontecerão neste ‘LAIO’…”

O autor H. Haydt de S. Mello, quando do lançamento do livro, em Brasília, em 1991, aponta seu personagem mítico como fundador da condição humana: “Vocês verão neste livro, e vocês verão neste teatro –

há todas estas letras e todas estas coisas vistas aí, nesta composição: vocês saberão que Laio, desde o começo, só deve mesmo ser chamado de Pai-de-Édipo, e que isso deve marchar assim até o fim, quando na tríplice encruzilhada do caminho para a Dáulia, ele tiver que se reconhecer como submetido ao saber que funda a condição do humano, que é o que faz, por sua vez, que se tenha que a Édipo chamar de Filho-de-Laio, desde seu simples terá-nascido até seu complexo não-morrerá, que é o que Freud nos ensina sobre todos os n ossos nada originais caminhos – tragédia que, em nós, não chega a se repetir senão de maneira medíocre e alegórica”.

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