- Imagem da exposição Despertencimento de Lula Ricardi (Foto: Divulgação)
A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult Goiânia), realiza no dia 30 de janeiro o vernissage das primeiras exposições de 2015 da Sala Reinaldo Barbalho, do Museu de Arte de Goiânia (MAG). São três exposições individuais, dos artistas Suyan de Matos, Lula Ricardi e Luiz Telles, apresentadas simultaneamente e abertas para visitação até 8 de março com entrada franca.
Na mostra Escritura Privada, o artista Suyan de Mattos apresenta 47 fotografias e um vídeo performance/intervenção com o artista Leopoldo Wolf, dentro de um rio seco, ao lado de Can Serrat, instituição onde morou para desenvolver sua residência artística em El Bruc, Espanha, em 2013. Envolvida com o objeto da escrita, a exposição aborda o tema da identidade. A artista pretende questionar a noção de representação e discutir a respeito da sua funcionalidade e da sua capacidade de reverter conceitos.
Já Lula Ricardi apresenta a exposição Despertencimento, um trabalho que abstrai o processo de desaparecimento, um quadro que estabelece o porvir humano e existencial, a realidade de deixar de pertencer gradativamente a algo, o espaço de construção da vida e o derradeiro ato. Despertencimento é a sensação de desencontro com a realidade, sentir-se estranho com a própria essência, com a vida, com um lugar, é descolar aos poucos da situação colocada, a solidão de não pertencer mais ao mundo.
Pela reflexão imagética entre solidão, silêncio, violência, desaparecimento, vestígio, vida e morte se entrelaçam através de camadas fundamentais da própria experiência humana, uma narração de passagem e de tempo.
Nas obras da mostra Encontros com Deuses Pagãos o artista plástico Luiz Telles tem como ponto de partida o Mito. A partir de histórias do folclore brasileiro, vividas através de um personagem fixo de nome João Batista, cria situações dramáticas que se manifestam em formatos e suportes diversos: livros de artista manipuláveis, desenhos, pinturas, objetos e instalações. “Assim como o Gilgamesh babilônico e tal qual o herói mítico de Vladimir Propp, meu protagonista encontra outros seres em sua trajetória. Seres fantásticos e sagrados. Grandes em sua composição física e imponentes pelo seu legado”, define.
As pinturas apresentadas fazem parte de um acervo que traz o mapeamento visual de vários mitos folclóricos brasileiros. Partes da história vivida pelo protagonista João Batista foram feitas sobre lona de caminhão, que dão aos trabalhos um aspecto bruto. São fixadas diretamente na parede, fugindo da formatação convencional das molduras e propondo uma leitura híbrida.
Serviço:
Abertura: 30 de janeiro
Horário: 19 horas
Visitação: 31 de janeiro a 08 de março de 2015.
Horários: Terça à Sexta: 09h as 12h das 13h as 17h; sábados, domingos e feriados: 10h as 16h.
Local: Museu de Arte de Goiânia (Rua 1 nº 605, Bosque dos Buritis – Setor Oeste. Goiânia – Goiás)
Sala: Reinaldo Barbalho
Informações: (62) 3524 1189
