João Colagem abre exposição com obras inéditas

As possibilidades tridimensionais do papel instigaram o artista visual João Colagem no processo de reinvenção de seu trabalho essencialmente figurativo. De volta ao Brasil, pela primeira vez o artista traz a público uma amostra da produção dos últimos dois anos, resultado da busca por reinvenção de linguagem. A exposição Vagas figuras da memória. Da imagem para a abstração será aberta, com bate-papo, no dia 19 de junho (sexta), às 19 horas, no Culturama, em Goiânia.

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• O artista goiano é reconhecido internacionalmente por suas colagens (Foto: Divulgação)

As telas selecionadas para a exposição propõem um diálogo de passagem com a estética que tornou o trabalho de JoãoColagem conhecido e reconhecido internacionalmente, mas apresentam ao público obras inéditas. Refletindo o redimensionamento da técnica de colagem no século 21, agora o artista se apresenta tátil e modular, poético de gesto explícito. “Estou trilhando um caminho não figurativo”, conta ele.

Colagem revela que, nos últimos anos, vem se desafiando a alcançar “transbordamento” para o seu trabalho. Inicialmente, esse trânsito foi se consolidando no estudo de novas técnicas que apontaram para a dobradura do papel, matéria-prima identificada com a trajetória do artista. Na fuga do figurativo, o novo trabalho sugere imagens a partir de volumetria.

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“No processo criativo, a percepção da tridimensionalidade da matéria integrou movimento à obra”, explica. E assim surgiram formas que fazem referência ao cosmos e a corpos celestes, bem como a fractais e à arquitetura biológica, enquanto metáforas de expansão do pensamento.

Em muitos casos, o papel utilizado pelo artista para a produção das obras são páginas arrancadas de livros de arte. A alta qualidade do material e da impressão em policromia (cores) impactam no resultado final e, aleatoriamente, provoca diálogo com o trabalho de outros artistas, inclusive goianos. “Não existe nenhuma intenção de comentário ou citação”, garante.