História revelada

Nova biografia, nova versão. Vinte e oito mil anotações, pesquisas, 10 anos de estudo, 20 tradutores e os autores de Van Gogh: The Life, Steven Naifeh de Gregory White Smith, chegaram a nova conclusão sobre a morte do pintor holandês. A lembrança geral é que Van Gogh se suicidou. A nova teoria é de que teria sido alvejado acidentalmente por dois garotos que ele conhecia, que manejavam uma arma com mal-funcionamento.

Tiro, melhora e morte no dia seguinte

Os detalhes, nem sempre lembrados da versão inicial, são de que teria dado um tiro de revólver no peito, mas não se sabe em que local estava, se no eternizado campo de trigo de suas pinturas (como uma forma de chamar atenção para sua arte) ou em um celeiro perto de uma hospedaria. Ele teria conseguido voltar para casa, onde foi tratado, melhorado na manhã seguinte e morrido mais no final do dia, vítima de uma infecção do ferimento, ainda com a bala alojada internamente. Os autores da nova biografia sustentam que ele não teria ido para o campo de trigo se matar e que Van Gogh teria assumido a culpa para não prejudicar os meninos. Além disso, o ângulo de entrada da bala é oblíquo, algo muito incomum comparado com casos de suicídio com armas. Um dos garotos estaria vestido de cowboy, brincando com a arma, e “depois da ingestão de muita bebida”, afirmou Naifeh. E não haveria intenção de matar propositalmente o pintor, que teria sido um acidente.

Intrigante

Na época, o pintor já estava muito doente e quando percebeu sua morte iminente, teria aceitado, como uma forma de tirar um peso sobre o irmão, Theo, que o financiava em um momento em que ainda não vendia suas pinturas. O Van Gogh Museum, em Amsterdã, afirmou que a nova versão é “dramática” e “intrigante”, O livro levanta a possibilidade também de que a doença mental de Van Gogh, narrada como uma mistura de depressão e obsessão, era resultado de epilepsia.

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