
Inédito no Brasil, o projeto se desenvolveu de forma colaborativa e em teve três etapas. Inscrições foram abertas durante o mês de julho, estimulando pessoas de perfis diversos a manifestarem o desejo de participar. Toda a campanha de recrutamento foi feita por meio das mídias sociais (Youtube, Facebook e Twitter), com o apoio da imprensa local. Segundo o coordenador dos trabalhos, Jean Bergerot, mais de 100 homens e mulheres de todas as idades e biotipos encaminharam suas inscrições.
“Acreditamos que o sucesso do projeto se deve à ousadia da proposta”, conta Bergerot, responsável pela seleção dos modelos que, na segunda etapa da ação, foram fotografados por Kazuo Okubo, entre 23 e 25 de julho, em studio e nas ruas de Goiânia. As intervenções urbanas ocorreram sempre no início do dia, em locais públicos como a ciclovia da Avenida Universitária, o Centro Cultural Oscar Niemeyer, o estacionamento do Estádio Serra Dourada, parques da cidade. Segundo Bergerot, durante as sessões externas, Kazuo Okubo e equipe trabalharam “com tranquilidade e segurança, sem distúrbios, provocando apenas a curiosidade de quem passava”.
As fotos indoor foram realizadas na Sala Conceito do Armazém da Decoração, responsável pela curadoria das peças de design, brasileiro e internacional, usadas por Okubo. Entre elas, destaque para a Cadeira Flexa longa com banqueta (Carlos Motta), Poltrona Giramundo (Marcus Ferreira), Puff Little Prince of Love (Moro-Pigatti), Luminária Felt Shade Tripod Stand (Tom Dixon), Biombo Valentina (Folco Orlandini e Andrea Radice), entre outras.
Sustentar com o objeto a ousadia do nudismo público foi um dos maiores desafios da curadoria de design de objetos. “Com todo o mobiliário disponível, o processo criativo da ambientação foi acontecendo naturalmente a cada sessão de fotos”, lembra Kazuo Okubo que, com a equipe de produção, concebeu cenários sinestésicos, naturalistas, geométricos, trabalhando com a luz natural e também com a penumbra para valorizar o aspecto erótico presente na cena.