Alice no País das Maravilhas em cartaz sábado e domingo no Teatro Madre Esperança Garrido

Cena de Alice no País das Maravilhas (Foto: Divulgação)
Os musicais da Pinheiro Produções Artísticas dialogam ora com o universo paralelo habitado por príncipes, princesas e bruxas (contos de fadas) ora por aqueles idealizados pelas crianças, que têm os pequenos à frente do enredo. Alice nos País das Maravilhas bebe da segunda alternativa. Traduz, ou coloca em cena, a realidade paralela que cada criança carrega na imaginação até atingir a fase adulta. A peça é uma livre adaptação do livro do escritor inglês Lewis Carroll (1832/1898), que nasceu a partir dos relatos de uma menina de 10 anos, a mesma Alice do título da obra e que orienta toda a narrativa.
Para o diretor, é tocante e até desafiador trazer o mundo fantástico de Alice para palco. “São, na verdade, dois planos distintos, a realidade (a casa de Alice na Inglaterra) e o mundo que ela cria. Mas minha versão da história é didática”, observa.
O diretor diz ainda que esse musical distancia muito dos outros espetáculos que assinou, “pois não tem uma princesa em busca de um príncipe encantado. Nesse texto, quem comanda a ação é uma criança”, observa o Luiz Roberto, que vai apresentar Alice no País das Maravilhas em duas sessões abertas ao público: nos dias 15 (sábado) e 16 (domingo), no Teatro Madre Esperança Garrido, sempre às 17 horas.
A ausência dos tradicionais personagens da corte de um conto de fadas não incomoda Luiz Roberto. “Daí surge o meu maior desafio. Traduzir para as crianças que elas são capazes de quase tudo sozinhas, desde que usem e saibam controlar a imaginação”, teoriza mais uma vez o diretor.
No mundo de Alice o bem e o mal estão lado a lado – “como na vida, na montagem, optei por ser o mais claro possível”, reitera mais uma vez o diretor a linguagem que adotou. O enredo conta com uma rainha má e a rainha branca, cada uma representa um caminho. “São as duas personagens que atiçam as atitudes de Alice. Os discípulos das soberanas pontuam também a importância da escolha certa das amizades”, emenda Luiz Roberto.
Para ele, o fantasioso mundo da inglesinha do século 20 repleto de animais cativantes e falantes, representa um rito de passagem. “Ao encontrar o caminho de volta para casa, depois de viver várias aventuras, Alice não só se liberta de seus pesadelos como cresce. Torna-se uma adulta”, completa o diretor que também assina a adaptação da peça.

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