Agepel reabre Museu Pedro Ludovico depois de obras de restauro e revitalização

A presidente da Agepel, Linda Monteiro e o governador de Goiás, Alcides Rodrigues reabrem no dia 25 de novembro (quinta-feira), o Museu Pedro Ludovico, unidade da Agência Goiana de Cultura, criado em maio de 1987 pelo Governo de Goiás. O evento vai acontecer às 20 horas, no hall de entrada do Museu, que fica na rua dona Gercina Borges, 133, centro.

A casa foi construída de 1935 a 1937 para ser residência da família Ludovico. Nos períodos que Pedro Ludovico foi governador e senador, a família transferiu-se para o Palácio das Esmeraldas e para a cidade do Rio de Janeiro, respectivamente. Em 1969, depois de passar por temporadas arrendada e alugada, a casa recebeu novamente a família, que nela permaneceu até a morte de Pedro Ludovico, em 1979. Em 25 de setembro de 1979, a Lei 8.690 autorizou o Governo de Goiás a desapropriar o imóvel para implantar o museu, que entrou em funcionamento oito anos depois, em 1987.

O Projeto de Revitalização

O Projeto de Revitalização da Exposição de Longa Duração do Museu Pedro Ludovico integra as ações de revitalização das exposições de longa duração dos museus estaduais goianos realizadas desde o ano passado pela Agência Goiana de Cultura. Além do Museu Pedro Ludovico, os trabalhos envolveram o Museu Ferroviário de Pires do Rio (que vai ser reinaugurado em dezembro próximo) e o Museu da Imagem e do Som (que foi reaberto em agosto do ano passado).

No caso do Museu Pedro Ludovico, o Projeto manteve a proposta original de 1987, que definia o Museu sob duas vertentes: a figura de Pedro Ludovico Teixeira e a história de Goiás. A preservação da memória do fundador de Goiânia foi efetivada através da musealização do acervo deixado pela família – textual, mobiliário, prataria, porcelana, cristais e indumentária. A casa e seus elementos constitutivos e estilísticos também foram submetidos ao tratamento museológico.

O centro de pesquisa sobre a construção e o desenvolvimento de Goiás foi constituído a partir dos documentos textuais produzidos e colecionados ao longo dos 40 anos de vida pública de Ludovico.

Foi mantida também a concepção museográfica do projeto original, que conduz o visitante a vivenciar a figura de Pedro Ludovico em diferentes relações: Pedro Ludovico, o político; Pedro Ludovico, o homem; Pedro Ludovico, a família; Pedro Ludovico, a mudança da capital.

Na proposta expositiva atual, foram acrescentados dois novos ambientes temáticos: um deles reservado para Gercina Borges Teixeira, que será apresentada através de sua obra pioneira de assistência social e da presença determinante na família e nas ações políticas do marido. O outro ambiente, também composto de painéis fotográficos e textuais, apresenta a construção de Goiânia e o seu processo de desenvolvimento, tema que era previsto na proposta original, mas que não foi satisfatoriamente trabalhado no decorrer da trajetória do Museu.

As obras de restauro e revitalização abrangeram desde o prédio, com o restauro de paredes, telhados, piso, até a exposição de longa duração que ganhou novos painéis informativos e novos recursos para estudo e pesquisa. O projeto contou com um trabalho de pesquisa criteriosa em fontes bibliográficas – livros publicados, teses, dissertações e monografias de autores que estudaram a vida e a obra do fundador de Goiânia e a sua importância para a história de Goiás.

A pesquisa foi feita também através de fontes orais – dezenas de pioneiros, estudiosos, profissionais que participaram da criação do Museu e familiares de Pedro Ludovico foram ouvidos. São mais de 50 horas de depoimentos gravados em áudio e em vídeo, que estarão disponibilizados, a partir de agora, num espaço reservado para a consulta no piso superior do Museu. Dentre os depoimentos expressivos estão do filho de Pedro Ludovico, Goianio Borges Teixeira, das profissionais responsáveis pelo projeto de criação do Museu, museóloga Edna Taveira e especialista em museologia, Maria Terezinha Campos Santana (primeira diretora do Museu). Foi ouvido também o escritor Adovaldo Fernandes Sampaio, que coordenou os trabalhos de implantação do Museu, na época como diretor da Fundação Cultural Pedro Ludovico. Os técnicos responsáveis pelo projeto contaram ainda com a colaboração de Maria Dulce Loyola Teixeira, representante da família, que contribuiu na seleção, identificação e seção de imagens e na indicação e contatos com parentes e amigos de Pedro Ludovico e de dona Gercina.

Com a exposição de longa duração revitalizada, a ação de comunicação do Museu poderá ser aperfeiçoada e não ficará restrita somente à exposição, mas será estabelecida sistematicamente durante todo o processo museológico, desde a pesquisa e preservação até os eventos, reuniões, oficinas e ações educativas.

A equipe responsável pelo projeto de revitalização da exposição é composta pelos conservadores de bens culturais, Alba Tânia Rosauro Macedo, João Rosa e Deolinda Taveira, pelo mestre em história, Guilherme Talarico, pelos arquitetos, Marcílio Lemos e Solange Maria de Santana e Silva, além da chefe do Museu, Alenita Toledo e equipe de funcionários. A coordenação técnica é da especialista e doutoranda em museologia Tânia Mendonça.

A partir de sexta-feira, 26, o Museu voltará ao horário de atendimento regular: de terça a sexta feira, das 9 às 17 horas e nos sábados, domingos e feriados, das 9 às 15 horas. Os agendamentos de escolas poderão ser feitos pelos telefones (62) 3201-4678 e 3201-4680.

Contato: Assessoria de Imprensa da Agepel – (62) 3201-5114

Serviço:

Evento: Reabertura do Museu Pedro Ludovico

Data: Quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Horário: 20 horas

Local: Museu Pedro Ludovico, Rua Gercina Borges, 133, Centro

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