Um dos mais belos e grandiosos espetáculos com participação popular que se realiza no país, a Encenação da Fundação da Vila de São Vicente, celebra o surgimento da primeira cidade brasileira. A reconstrução dramatizada dessa história acontecerá em 2009 entre os dias 19 e 25 de janeiro, sete apresentações, de segunda a domingo, sempre às 20h30, na praia do Gonzaguinha, o mesmo lugar em que aportou o navegador português Martim Afonso de Sousa em 22 de janeiro de 1532.
A 27ª. edição da Encenação da Fundação da Vila de São Vicente contará com a participação especial de Carmo Dalla Vecchia (Martim Afonso de Souza) e Claudia Ohana (Ana Pimentel), que encenarão ao lado de Nuno Leal Maia (padre Gonçalo Monteiro), Scheila Carvalho (Índia Bartira), Cláudio Heinrich (João Ramalho), Bárbara Borges (Salamandra) e Antônio Abujamra (narrador), além de 1.200 atores e atrizes da região, a fundação da primeira cidade brasileira. O evento é realizado pela Prefeitura de São Vicente através da Secretaria de Turismo e Cultura (Setuc).
A Encenação da Fundação da Vila de São Vicente é um espetáculo que emociona, diverte e conta parte da história do Brasil de maneira surpreendente. Na gigantesca arena/palco de 20 mil m2, 1200 atores – entre os protagonistas famosos, cerca de vinte profissionais da Baixada Santista e mais de 1100 adultos e crianças amadores recrutados em diversas comunidades interpretam portugueses, tribos indígenas, piratas, com rigor teatral mas também com o vigor e energia de quem está contando o nascimento de sua terra e de seu povo. Cenário, figurinos e adereços de época, música especialmente composta, texto que narra a história, cenas totalmente coreografadas, explosões e efeitos especiais compõem uma montagem enxuta, pouco mais de uma hora de duração, e de grande impacto. Após o encerramento de cada apresentação há uma queima de fogos de artifício.
Apontado pelo Guinness – Livro dos Recordes como o maior espetáculo em areia de praia do mundo, a Encenação tem sua arena cercada por arquibancadas e 35 camarotes que comportam 10 mil pessoas. Outros números também impressionam: três mil peças de figurino, 300 objetos cenográficos, 280 toneladas de ferro nas arquibancadas, 1500 m2 de camarins e mais de 2.500 pessoas envolvidas na produção e bastidores.
Pelo segundo ano consecutivo, o diretor geral da Encenação é Tanah Corrêa. Em 1998, Corrêa foi o primeiro a fazer a Encenação à noite (até 1997 era diurna) e também o pioneiro em convidar atores renomados para os papéis principais. Para esta edição, também pela segunda vez consecutiva, a equipe do diretor promoveu Oficinas de Preparação reunindo todas as áreas que compõem o espetáculo.
Na equipe de criação, além de Tanah Corrêa, figuram Orleyd Faya (dramaturgia, roteiro e pesquisa histórica), Miguel Hernandez (diretor adjunto), Gil Nuno Vaz (direção musical), Sonia Arashiro (direção de arte), Karla Lacerda (direção de maquiagem), Dagoberto Costa (direção de sonoplastia e iluminação).
A 27ª Encenação da Fundação da Vila de São Vicente acontece de 19 a 25 de janeiro, sempre às 20h30.
Música e coreografia – As lendas do poder do fogo será o tema da coreografia que marcará a abertura da 27ª Encenação da Fundação da Vila de São Vicente 2009, maior espetáculo em areia de praia do mundo e o ponto alto das comemorações de aniversário da primeira Cidade do Brasil. A direção do espetáculo já pediu aos coordenadores dos núcleos que comecem o trabalho de preparação corporal e de coreografia.
O anúncio foi feito pelo diretor de coreografia do espetáculo, Douglas Rebelo. Essa abertura será toda com princípios de dança e muita base de sincronismo, o que resultará em grandes imagens. De acordo com o coreógrafo, é importante que todos os atores entendam a dança e não somente repitam o que se ensina a eles. O processo é feito com embasamento profissional executado dentro de todos os espetáculos que realizo, desde movimentos simples para a fácil compreensão até movimentos de difícil execução, detalhou Rebelo.
A performance incluirá a tradicional chegada das embarcações capitaneadas por Martim Afonso de Sousa, projetadas para que o público veja uma caravela humana feita de movimentos precisos e limpos. Teremos um espetáculo marcado coreograficamente do começo ao fim levando ao público imagens e cenas diferentes. Em sua sexta edição, Douglas Rebelo conta que trabalhar como coreógrafo é um marco na carreira, possibilitando estudar diversas áreas da dança para compor os núcleos. Com a encenação temos um grande avanço no processo cultural de São Vicente.