Com mais de 25 pinturas a óleo sobre tela e suportes especiais, Flávio-Shiró vem mostrar trabalhos em diversos formatos que têm como dado característico em comum a presença da textura matérica da tinta. Entre as obras desenvolvidas no Rio e em Paris, pela primeira vez há retratos imaginários de personagens como os compositores Igor Stravinsky e Richard Wagner e o escritor Miguel de Cervantes. Dessa maneira, o artista se coloca entre o expressionismo figurativo do início de sua carreira e o abstracionismo informal: dois importantes momentos de sua trajetória profissional entre os quais sempre oscilou.
A galeria Gustavo Rebello Arte, que fica no andar térreo do Copacabana Palace, não poderia ser melhor cenário para a exibição de um trabalho cujas referências, fatura e reputação remetem a elegância e a força, e carregam, sempre, a tensão característica entre tradição e inovação de um artista formado por três continentes: Ásia, América e Europa.
Flávio Shiró, que, já no ano de 1961, recebeu o grande Prêmio Internacional da Pintura na 2ª Bienal de Paris e que, ainda nos anos 90, foi homenageado com retrospectivas no Hara Museu de Arte Contemporânea de Toquio, MAM-RJ e no MASP, continua produzindo, inovando e vivendo como um grande artista. A mostra, que abre no dia 25 de outubro, com a presença do pintor, fica aberta até o dia 19 de novembro.