Ela se tornou um ícone, uma referência de moda e elegância, e um ideal de beleza e humanidade. Audrey Hepburn completaria nesta segunda-feira (04/05) 86 anos de idade se estivesse viva. Eternizada com uma das maiores divas do cinema, a atriz teve uma infância difícil durante a Segunda Guerra Mundial, quando chegou a passar fome. Anos mais tarde, após tentar ingressar na carreira de bailarina, mas frustrada, voltou-se para atuação. Foi em um espétaculo da Broadway chamado “Gigi” que os olhos do grande público se voltaram para ela. Estava destinada ao sucesso! Apenas dois anos mais tarde, em 1954, Hollywood reverenciava seu talento e ela recebia o Oscar de Melhor Atriz por seu papel em A Princesa e o Plebeu. A partir daí vieram grandes personagens e produções inesquecíveis. Em 1987, ela iniciou seu trabalho como embaixadora da UNICEF e passou a viajar o mundo em missões. Em 20 de janeiro de 1993, Audrey Hepburn faleceu vítima de um câncer no apêndice e a partir de então recebeu inúmeras homenagens na TV, no cinema e no mundo da moda. Em uma humilde homenagem à eterna bonequinha de luxo, a Zelo selecionou alguns dos filmes da atriz. Aos detalhes!
1. A Princesa e o Plebeu (Roman Holiday) – 1953
Uma princesa entediada, interpretada por Hepburn, resolve se divertir anonimamente por Roma, na Itália. Lá, ela acaba se envolvendo com um repórter (Gregory Peck) que, inicialmente, pretende se aproveitar da situação para dar um “furo de reportagem” mas, posteriormente, ele se apaixona pela jovem e resolve preservá-la. O filme é uma comédia romântica e rendeu à ela o Oscar de Melhor Atriz, além das estatuetas de Melhor Figurino e Melhor História Original.
2. Sabrina – 1954
A história dessa comédia romântica e dramática gira em torno de dois irmãos família norte-americana Larrabee, Linus (Humphrey Bogart), o empresário incansável, e David (William Holden), playboy incorrigível, e Sabrina (Hepburn), a filha do motorista. Ela regressa à mansão dos Larrabee após passar dois anos em Paris. A moça sempre foi apaixonada pelo playboy e eles começam um romance mas se acontecesse um provável casamento, uma lucrativa fusão ficaria prejudicada. Assim, para o bem dos negócios da família, o irmão empresário decide intervir mas acaba por também se apaixonar por ela. O filme rendeu à Audrey mais uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz por seu desempenho.
3. Guerra e Paz – 1956
Baseado na obra homonima de Leon Tolstói, o filme é um drama épico na época que antecede a Batalha de Austerlitz, uma das muitas campanhas militares de Napoleão contra os impérios europeus. Na batalha, o príncipe Andrei (Mel Ferrer) é ferido heroicamente e é feito prisioneiro. Finda a guerra, retorna para Moscou e fica viúvo. Depois de 2 anos de retiro, ele se interessa por Natasha Rostov (Audrey Hepburn), filha de um nobre arruinado e grande paixão de seu amigoPierre Bezukhov (Henry Fonda). O salário de Hepburn neste filme foi de 350 mil dólares, o mais alto que uma atriz já tinha recebido até aquele ano.
4. Um Cruz à Beira do Abismo (The Nun's Story) – 1959
O drama se inicia em 1930, quando a jovem Gabrielle (Audrey Hepburn), filha de um famoso cirurgião, entra para o convento de Brugues na Bélgica. Ela quer trabalhar como freira-enfermeira no Congo Belga, mas a dificuldade em aceitar a rígida rotina da vida religiosa a leva a ter esse desejo adiado, tendo que passar antes por três anos na enfermagem de um hospital psiquiátrico. Outra indicação de Hepburn ao Oscar de Melhor Atriz.
5. Bonequinha de Luxo (Breakfast at Tiffany's) – 1961
Adaptação do livro homônimo de Truman Capote, o filme é de longe o mais famoso da carreira de Audrey Hepburn. Ela interpreta Holly Golightly uma acompanhante de luxo que sonha em casar com um homem rico e tornar-se atriz em Hollywood, motivo pelo qual se mudou para a cidade de Nova Iorque. Golightly casou aos quatorze anos e fugiu de casa na tentativa de esquecer seu passado pobre e miserável, além alcançar seu grande sonho: ser uma famosa atriz. Ao mudar-se para Nova Iorque, Holly passa a ser ajudada financeiramente por Sally Tomato, um mafioso que está preso em Sing-Sing – local de encontro dos dois todas as quintas-feiras. Ela termina se envolvendo com o escritor Paul, porque a ele não interessa tudo aquilo que interessa a todos os outros homens que andam em redor de Holly. Por isso mesmo, pelo desinteresse carnal que ele manifesta, Holly confia-lhe a sua amizade.
6. Charada – 1963
Neste suspense, Hepburn interpreta Regina Lambert, uma mulher que está prestes a se divorciar de seu marido quando descobre, que ele foi misteriosamente assassinado durante uma viagem de trem, logo após ter sacado todo o dinheiro do casal, dinheiro este que agora está desaparecido. Enquanto procura desvendar esse mistério, Regina é ajudada por Peter Joshua (Cary Grant), que pode ou não também ter interesses financeiros em relação a ela. O filme teve orçamento de quatro milhões de dólares.
7. Minha Bela Dama (My Fair Lady) – 1964
O musical conta a história de Eliza Doolittle (Hepburn), uma mendiga que vende flores pelas ruas escuras de Londres em busca de uns trocados. Em uma dessas rotineiras noites, Eliza conhece um culto professor de fonética Henry Higgins (Rex Harrison) e sua incrível capacidade de descobrir muito sobre as pessoas apenas através de seus sotaques. Quando ouve o horrível sotaque de Eliza, aposta com o amigo Hugh Pickering (Wilfrid Hyde-White), que é capaz de transformar uma simples vendedora de flores numa dama da alta sociedade, num espaço de seis meses. Audrey não foi indicada ao Oscar por sua atuação, fato que é considerado até hoje por críticos e fãs como uma injustiça.
8. Um Clarão nas Trevas (Wait Until Dark) – 1967
A obra é um clássico do cinema de suspense. Susy Hendrix (Hepburn) é casada há pouco com o fotógrafo Sam Hendrix, ficou cega após um acidente. Enquanto se acostuma com a nova realidade, seu apartamento é invadido por três criminosos à procura de uma boneca recheada de heroína. Acontece que durante um voo, Sam aceitara segurar a boneca para uma senhora que desaparecera em seguida. Os invasores são cúmplices da mulher, que encontraram morta no andar de baixo do prédio. Agora, eles se fazem passar por policiais e amigos de Sam e inventam uma investigação sobre homicídio em que somente a boneca pode salvá-lo. Desconfiada da história e à mercê do psicopata Roat e seus não menos violentos companheiros, Susy precisa lutar pela vida, valendo-se apenas dos sentidos que lhe restam. Audrey concorreu ao Oscar de Melhor Atriz, a quinta indicação de sua carreira.
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