No dia 10 de abril de 1985, falecia a poetisa goiana Cora Coralina. Nascida Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, ela adotou o pseudônimo quando iniciou sua viagem pelo mundo da literatura. Mesmo de baixa escolaridade, tendo cursado somente o que seriam as quatro primeiras séries, escreveu seus primeiros textos aos 14 anos.
Mais tarde, ela seria publicada nos jornais da capital goiana e nos jornais de outras cidades, como o Folha do Sul da cidade goiana de Bela Vista e até a revista A Informação Goiana, do Rio de Janeiro. Simples, trabalhou a maior parte de sua vida como doceira, tendo seu primeiro livro publicado quando estava para completar 76 anos, intitulado Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais. Ela fugiu da Cidade de Goiás em 1911, com o homem que viria a ser seu marido e pai dos seus filhos, Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas.
Em 1924 mudou-se para São Paulo. Após a morte do marido e ter vivido nas cidades de Penápolis e Andradina, no interior paulista, Cora regressa a Goiás em 1956. Aos 50 anos ela passou a atender somente pelo pseudônimo que tivera escolhido anos atrás. Cora Coralina faleceu de pneumonia em Goiânia, no dia 10 de abril de 1985, aos 95 anos. Uma lenda do mundo da literatura e um ícone de coragem, a poetisa ganhou diversas homenagens. Criada às margens do Rio Vermelho, a velha casa da ponte onde vivia tornou-se um museu sobre sua história e recebe turistas de várias partes do Brasil e do mundo. Seu talento segue ecoando a cada vez que um de seus versos ou pensamentos é lido em voz alta.
Cora é considerada uma das mais importantes escritoras brasileiras
“Mesmo quando tudo parece desabar, cabe a mim decidir entre rir ou chorar, ir ou ficar, desistir ou lutar; porque descobri, no caminho incerto da vida, que o mais importante é o decidir.”
Cora Coralina