
Neste sábado (5), o Sertão Negro Ateliê e Escola de Artes realiza ateliê aberto com as artistas Naomi Shida e Sheyla Ayo, participantes da Residência Artística 2025 em parceria com a Galeria Luis Maluf, e as artistas Ana Paula Sirino, Hortência Eduarda, Rebeca Miguel e Xica, residentes do Sertão Negro. A atividade marca a colaboração entre o espaço goiano e a galeria paulistana.
Com início às 15h, o evento é gratuito e tem como proposta aproximar o público dos processos criativos desenvolvidos pelas participantes entre os meses de janeiro e março deste ano. Durante o encontro, as artistas compartilham experiências vividas ao longo da residência artística, iniciativa idealizada pela curadora Lorraine Mendes. A residência envolveu 12 artistas selecionados, que trabalharam no ateliê da Galeria Luis Maluf, em São Paulo. Ao final do programa, duas delas foram convidadas a visitar o Sertão Negro e aprofundar suas pesquisas artísticas no território goiano.
“Ter experienciado esse processo de pesquisa e produção dentro de um espaço expositivo foi desafiador. Coloquei em prática minha pesquisa feita no Sertão Negro e pude notar as diferenças que tocam o processo artístico próprios da nossa geografia e identidade sertaneja”, afirma Xica, artista visual e professora de gravura do Sertão Negro.

Artistas participantes do ateliê aberto:
Naomi Shida
Explora a relação entre corpo, identidade e materialidade. Utiliza costura e bordado em lona e tecido para abordar a fragmentação e reconstrução dos suportes, refletindo aspectos da experiência trans por meio de sua vivência pessoal.
Sheyla Ayo
Investiga o tempo como marca nos corpos e superfícies. Trabalha com pintura e materiais como palha de buriti para tratar de construção, apagamento, ancestralidade e transformação.
Xica
Professora de gravura no Sertão Negro e integrante do Batalhão das Gravadeiras. Desenvolve obras em gravura, cerâmica e objetos rituais para investigar corpo, território e espiritualidade, conectando saberes visíveis e simbólicos.
Rebeca Miguel
Cria narrativas visuais a partir de uma perspectiva afrodiaspórica, dialogando com passado, presente e futuro. A linha é o elemento central de sua pesquisa, presente em pintura, desenho e performance, como ferramenta de memória coletiva.
Hortência Eduarda
Integrante do Batalhão das Gravadeiras. Utiliza a gravura para dialogar com saberes ancestrais e memórias de resistência negra. Sua pesquisa se inspira em povos originários não colonizados e referências do Vodu, com a natureza como elo de conexão.
Ana Paula Sirino
Natural de Sabinópolis, região do quilombo do Torra, utiliza a fotografia e a pintura para representar elementos e relações que evocam memória e pertencimento de quem vive ou viveu em contextos de aquilombamento ou longe dos grandes centros.

Serviço: Ateliê Aberto Sertão Negro + Galeria Luis Maluf
Quando: sábado (5), às 15h
Local: Rua Goiazes, Quadra P, Lote 9 – Condomínio Shangry-La, Goiânia (GO)
Entrada gratuita
A programação também será transmitida pelo canal do YouTube do Sertão Negro.