Tofu: queijo vegetal é excelente fonte de proteínas e opção para intolerantes à lactose

Feito a partir do leite de soja, o alimento é originário da China e largamente utilizado na culinária oriental. Mais recentemente seu consumo foi disseminado pelo mundo ocidental e particularmente nas dietas veganas.
Foto: Divulgação

O queijo faz parte de diversos pratos culinários e acaba sendo difícil pensar em uma dieta sem ele. Mas intolerantes à lactose, pessoas alérgicas às proteínas do leite e veganos tem uma opção: o tofu. “Ele é um tipo de queijo vegetal feito a partir do leite de soja. Originário da China, largamente utilizado na culinária oriental, recentemente seu consumo foi disseminado pelo mundo ocidental e particularmente nas dietas vegetarianas. O tofu é uma excelente fonte de proteína vegetal, contém todos os nove aminoácidos essenciais, portanto uma proteína de alto valor biológico. As proteínas participam em inúmeros processos celulares, como a replicação do DNA, estímulos e transporte de moléculas, catalisam reações bioquímicas condicionais para o metabolismo – além de funções estruturais, mecânicas, imunológicas e de sinalização celular”, destaca a médica nutróloga Dra. Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia. O tofu é um alimento proteico muito versátil, pode ser utilizado em diversas receitas e formas, salgado, doce, frio ou aquecido.

Cada porção de 100g de tofu tem valor calórico de 75 kcal; gorduras 4,8 g; carboidratos 1,9 g; proteínas 8,1 g; fibras alimentares 0,5 g; água 84,5 g; cálcio 350,0 mg; ferro 5,4 mg; magnésio 30,0 mg; fósforo 97,0 mg; potássio 121,0 mg. “O tofu é um alimento que não tem colesterol na sua composição, se for consumido em substituição aos queijos de origem animal, principalmente os amarelos, mais ricos em colesterol, pode ajudar a reduzir os níveis séricos”, explica a médica nutróloga.

Além da proteína, o tofu é um queijo vegetal rico em cálcio e boa fonte de fósforo e magnésio, que são minerais importantes para a manutenção do metabolismo ósseo. Há um benefício também para a função cerebral, segundo a médica, já que as isoflavonas da soja, que são fitoestrógenos, ocupam receptores de estrogênios no cérebro, o que pode ter impactos positivos na memória e função cerebral. “As isoflavonas de soja foram os primeiros fitoestrógenos reconhecidos por sua afinidade pelos receptores periféricos de estrogênio e capacidade de reduzir os sintomas do climatério e menopausa”, explica.

Como a soja possui alguns antinutrientes, que existem para proteger a planta, como fitatos, lectinas, oxalatos e inibidores de tripsina e esses elementos podem reduzir a absorção de nutrientes e causar alterações digestivas, a principal maneira de evitá-los é deixar de molho por pelo menos 12h as leguminosas, como a soja, antes de preparar qualquer alimento à base do grão. “Outras maneiras são a fermentação e a germinação dos grãos, também antes do preparo do tofu”, explica a médica.

Por fim, a médica ressalta que todo alimento funcional, como o tofu, deve ser inserido em uma dieta equilibrada, variada e o mais natural possível. “Mesmo sendo um alimento muito seguro e com muitas funcionalidades, deve ser consumido de forma mais moderada nos casos de câncer de mama em tratamento, perda de função renal e doenças de tireoide não equilibradas. As contraindicações se dão pelo consumo excessivo”, finaliza a médica.

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