Saúde mental: a importância da atenção e cuidados especiais

A manutenção da saúde mental exige dedicação, bons hábitos alimentares, prática de exercícios físicos e outros cuidados especiais que ajudam no bom viver
Saúde Mental:
Foto: Priscilla du Preez/Unsplash

Em tempos da busca incessante por melhores resultados no trabalho, de uma vida pessoal sem atritos e a necessidade de entregar cada vez mais soluções em menor tempo podem ocasionar cansaço mental e desgaste, afetando a saúde mental das pessoas. O início de ano é sempre uma oportunidade para cada um planejar e adotar hábitos de estilo de vida cada vez mais saudáveis. O burnout (síndrome do esgotamento profissional) é um dos exemplos que têm afetado a saúde mental dos brasileiros. Dados da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), em 2022 o burnout atingiu 30% dos trabalhadores, o que corresponde a mais de 30 milhões de pessoas e coloca o Brasil na segunda posição do ranking mundial com mais casos diagnosticados.

De acordo com a psicóloga do Núcleo Acolher do Senac Goiás – programa interno de atenção à saúde mental do Sesc e Senac Goiás, Brenda Silva Marques Bueno Andrade -, “segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a saúde mental não é algo isolado, pois ela compõe o contexto geral da vida das pessoas, somos seres complexos e vivemos em comunidade. A saúde mental é influenciada pelo ambiente ao nosso redor e significa que devemos considerar que ela é resultado da interação de fatores biológicos, psicológicos e sociais”.

É importante ter uma saúde mental equilibrada para viver mais e melhor. “Os benefícios decorrentes desse equilíbrio para as empresas, especificamente, podem ser medidos no aumento da produtividade; na redução de absenteísmo (falta de pontualidade e assiduidade no trabalho) dos colaboradores; a manutenção do clima organizacional positivo; a geração de projetos cada vez mais inovadores e o estímulo à criatividade dos colaboradores”, afirma a psicóloga.

Janeiro Branco

Oportuno ressaltar que o mês de janeiro é reconhecido como Janeiro Branco e dedicado à conscientização sobre a saúde mental das pessoas. Esse movimento ganha espaço ao abordar a importância do equilíbrio emocional de cada um e acontece em janeiro por ser o primeiro mês do ano, representando recomeço e novas oportunidades de vivências e aprendizados. Já a cor branco remete a uma folha de papel, proporcionando a oportunidade para a pessoa viver uma nova história em seu caminhar.

Adotar um estilo de vida saudável exige que a pessoa entenda o contexto geral em que está inserida. Brenda Marques lembra que “ter qualidade de vida envolve crescimento e autoconhecimento; ter autopercepção; autoestima; saber o que nos afeta; viver bem em comunidade; adotar uma rotina de exercícios físicos; ter uma alimentação equilibrada com frutas, legumes e reduzir consumo de açúcar; e, principalmente, fazer uma boa higiene do sono, liberando a mente de situações como pressão e tristeza. Estes são aspectos que nos trazem impactos significativos na manutenção da nossa saúde mental diariamente”.

A psicóloga do Senac Goiás alerta para alguns sinais que apontam quando a saúde mental está alterada. “Temos que estar atentos com a alteração do humor, com sentimentos de tristeza, irritabilidade, apatia, ansiedade; comportamentos – se buscamos o isolamento social; se há mudanças no sono – hipersonia, que é o sono excessivo, ou o contrário, que é a insônia; dificuldade de concentração; transtorno de déficit de atenção e hiperatividade são fatores que ajudam a reconhecer estado doentio na saúde mental”, enfatiza Brenda Marques.

Em se reconhecendo tais pontos que afetam a saúde mental, de imediato, a pessoa precisa buscar ajuda profissional. Brenda Marques elenca que “o primeiro passo é buscar ajuda de um psicólogo, psiquiatra, neuropsicólogo, terapeuta ocupacional, para que a pessoa receba o diagnóstico e um plano correto de tratamento. Na Psicologia ensinamos a pessoa a encontrar os gatilhos, e ajudamos a identificar e saber como lidar com estes gatilhos. Ajudamos o paciente a viver de forma mais leve. Orientamos sobre técnicas para o paciente aprender como lidar com o quadro”, completa Brenda Marques.

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