Apesar da premissa da saúde, os exercícios físicos podem ter uma complicação chata quando não executados de forma correta e orientada, em atletas e não-atletas: as lesões. Segundo estudos, as lesões musculares são as mais recorrentes, atingindo de 10 a 55% dos praticantes. Apesar de, em maioria, não serem graves, estas geralmente são incapacitantes e acabam afastando o indivíduo dos treinos por algumas semanas.
Desgaste, aumento inapropriado de peso e má execução de movimentos estão entre as causas mais comuns. Segundo a atleta Sue Lasmar, essas condições são facilmente encontradas em ambientes de academia. “A dinâmica é buscar o aumento de cargas, pois para o praticante isso é sinônimo de evolução em quesitos de força e hipertrofia. O problema é que ao fazer essa elevação de pesos sem orientação e de forma irregular, as chances de condicionar os músculos a se lesionar aumentam”, alerta.
O perigo é ainda maior quando as cargas elevadas se somam a má execução dos movimentos. Sue explica que quanto maior a carga desproporcional, mais será difícil que o praticante consiga fazer o movimento de forma precisa. “Desta forma, a ruptura das fibras musculares causada pelo estresse muscular e pelo esforço desproporcional culminam o estiramento, impedindo que o indivíduo pratique os exercícios na mesma intensidade. Caso ele queira continuar mesmo assim, o agravamento é certo”, avisa.
Para evitar que as lesões acabam desacelerando a evolução e o desempenho nos processos de hipertrofia e emagrecimento, a atleta aponta que primeiramente é preciso analisar se as cargas estão proporcionais a evolução e ao condicionamento físico. “É importante que o seu treino seja individualizado, sem tentar reproduzir o de outra pessoa. Isso garante que ele esteja alinhado aos seus objetivos e ao seu corpo”, salienta.
Além disso, antes do treinamento é preciso preparar o corpo para receber o exercício por meio dos aquecimentos e alongamentos, que não precisam se direcionar apenas à área que será exercitada naquele dia, mas a todo o organismo, já que o corpo é uma estrutura complexa, com tecidos interligados. Essa ação é o que vai aumentar a flexibilidade muscular e deixar o corpo preparado para a execução do exercício.
Variar o treino pode ser outra estratégia eficiente, já que previne as lesões por estresse muscular causado pela repetição excessiva de movimentos. “O ideal é setorizar os treinos, separando um dia para inferiores, outro para superiores assim como também é possível treinar apenas o bumbum, os bíceps e assim sucessivamente. O importante é não sobrecarregar sempre os mesmos grupos musculares e assim desgastar os músculos”, recomenda Sue Lasmar.