Sintomas como vermelhidão, coceira, descamação e sensibilidade extrema, que podem causar feridas, são característicos da dermatite atópica. No Brasil, a doença ainda enfrenta muitos estigmas. De acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), três em cada dez brasileiros acreditam, erroneamente, que a dermatite atópica pode ser transmitida pelo contato direto.
Para desmistificar essa ideia e informar a população, foi instituído o Dia Nacional de Conscientização da Dermatite Atópica, celebrado em 23 de setembro. A SBD estima que 15% a 25% das crianças e 7% dos adultos no Brasil convivem com a condição, que não tem cura. Segundo a dermatologista Paula Colpas, membro da SBD e consultora da TheraSkin, a dermatite atópica é uma doença crônica, hereditária, não contagiosa e recorrente, afetando principalmente pessoas com histórico familiar de asma ou rinite alérgica.
A doença compromete a barreira protetora da pele, gerando ressecamento e lesões. Para controlar os sintomas, a especialista destaca a importância da hidratação constante, tanto pela ingestão de água quanto pelo uso de cremes e loções hidratantes. “Manter a pele hidratada ajuda a restaurar a barreira cutânea e reduzir o desconforto”, explica a médica.
A seguir, a médica Paula Colpas lista os principais cuidados para amenizar os sintomas de quem convive com a dermatite atópica. Confira:
Hidratação
É fundamental manter a pele hidratada com loções ou cremes adequados, além de ingerir bastante água durante o dia para repor a barreira cutânea.
Pele limpa
Manter a pele sempre limpa evita infecções. Prefira sabonetes neutros ou syndet, sem fragrâncias que possam causar irritações, e seque-se suavemente após o banho.
Banhos curtos
Evite banhos longos e quentes, pois a água em alta temperatura desidrata a pele. Prefira água morna e não utilize esponjas que possam agredir a pele.
Roupas adequadas
Roupas muito apertadas ou de tecidos sintéticos retêm o suor, favorecendo a irritação. Opte por peças leves e de algodão, que permitem a transpiração.