O Museu do Louvre permaneceu fechado nesta segunda-feira (20) enquanto a polícia francesa apura o roubo de oito peças das joias da coroa, retiradas da Galeria de Apolo em pleno horário de abertura. Segundo autoridades, quatro criminosos mascarados acessaram o primeiro andar por um equipamento elevatório acoplado a um veículo, forçaram uma janela e quebraram vitrines com ferramentas elétricas antes de fugir em motos.
Entre as peças levadas estão diademas/tiaras, colares, brincos e broches do século 19 associados a imperatrizes e rainhas da França, incluindo itens de Eugênia (esposa de Napoleão III), Maria Luísa, Maria Amélia e Hortênsia. Um dos símbolos, a coroa com esmeraldas de Eugênia, foi recuperado do lado de fora do prédio, abandonado na fuga; as demais peças seguem desaparecidas.
Imagens de segurança e vestígios recolhidos na rota de fuga são analisados por cerca de 60 investigadores. A principal linha de apuração aponta para uma quadrilha experiente, com plano de execução rápido. O Ministério da Cultura informou que os alarmes gerais soaram e os protocolos de evacuação foram cumpridos.
O caso reacendeu críticas à infraestrutura de vigilância. Relatos preliminares indicam áreas sem cobertura completa de circuito fechado de televisão na ala atingida, e o governo determinou revisão de segurança em museus nacionais. O episódio também pressiona o cronograma de modernização do Louvre, que prevê reforço de segurança dentro de um plano estimado em cerca de €700 milhões.
O Louvre anunciou que os ingressos comprados antecipadamente serão reembolsados. Como o museu não abre às terças-feiras, a reabertura mais próxima possível será na quarta-feira (22), caso as investigações permitam a retomada das visitas.