Pesquisador goiano Daniel Bastos realiza publicação inédita em revista da Universidade de Oxford

Projeto aborda sobre câncer de colo do útero e instaura um novo momento da ciência brasileira
Pesquisador goiano Daniel Bastos
Na foto, Daniel Bastos (Foto: Divulgação)

A ciência brasileira é destaque internacional. O pesquisador goiano Daniel Bastos, que desenvolve estudos e pesquisas focadas na área da oncologia, estreou na Revista Precision Clinical Medicine da Universidade de Oxford

Seu estudo, que aborda sobre o câncer de colo de útero, intitulado “Computational insights into CRISP3 downregulation in cervical cancer and its cervical lineages pattern”, contou com a participação de diversos profissionais da área, como também a colaboração com o Departamento de Oncologia da Universidade de São Paulo, o serviço de patologia clínica do Almanzor Aguinaga Asenjo Hospital Nacional no Peru e com apoio da Universidad Privada del Leste (UPE), no Paraguai.

A publicação realiza um novo marco na carreira científica de Daniel. “Publicar este estudo na Universidade de Oxford é uma honra imensa e reflete o esforço coletivo da equipe de pesquisa envolvida”, afirma. O pesquisador também ressalta a importância do apoio à ciência e seu desejo de contribuição aos estudos sobre o câncer do colo do útero.

Sobre o estudo 

O estudo de Bastos apresenta uma análise detalhada do padrão de expressão do gene CRISP3 em pacientes e linhagens celulares de câncer do colo do útero. Utilizando os medicamentos Tricostatina A (TSA) e 5-aza desoxicitidina, a pesquisa demonstrou a capacidade de restaurar o padrão de expressão do gene CRISP3. Em condições normais, este gene é detectado na cérvice uterina, mas seus níveis diminuem consideravelmente em lesões pré-malignas e em casos de câncer. 

A pesquisa identificou que a regulação negativa do CRISP3, especialmente em mulheres com infecção pelo Papilomavírus Humano 16 (HPV16), está associada a um pior prognóstico. “Os resultados foram significativos, mas ainda existem muitos ensaios e testes que precisam ser realizados”, destaca Bastos. O estudo combinou métodos tradicionais com inovações tecnológicas e biológicas, buscando novas abordagens terapêuticas e uma melhor compreensão da evolução dos tumores cervicais. 

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