Goiânia realiza primeira cirurgia de redesignação sexual pelo SUS

O procedimento, comumente chamado de “cirurgia de mudança de sexo”, foi feito no Hospital das Clínicas Alberto Rassi (HGG). Programa ainda fará cirurgia de 15 mulheres transexuais
O Hospital das Clínicas Alberto Rassi (HGG), através do Programa TX, já atendeu mais de 500 transexuais (Foto: Divulgação/Secretaria da Saúde de Goiás)

O Serviço de Identidade de Gênero, Transexualidade e Intersexualidade – Projeto TX, do Hospital das Clínicas Alberto Rassi (HGG), realizou ontem (29) o primeiro procedimento de redesignação sexual, a chamada “cirurgia de mudança de sexo”, pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Essa é a primeira vez que uma unidade de saúde pública realiza o procedimento em Goiás.

A contemplada é a cabeleireira Maria Luiza Alves, de 23 anos, que luta desde criança pela oportunidade de possuir um corpo adequado à sua identidade.

Para participar de uma cirurgia dessa importância, os pacientes precisam passar, obrigatoriamente, por dois anos de acompanhamento médico e psicológico antes do procedimento.

A equipe cirúrgica é composta por três ginecologistas: Eliane Ribeiro, João Lino e Margareth Giglio. Para a cirurgia de Maria, também participaram o também ginecologia Aldair Novato e o cirurgião plástico, Marcelo Soares. Os dois foram parte fundamental do projeto TX no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (UFG), e participaram da criação do serviço no HGG.

O programa, que ainda fará a cirurgia em 15 mulheres, oferece acompanhamento médico, desde a fase ambulatorial, clínica, cirurgia, pós-operatório e hormonioterapia. Criado em 2018, já atendeu 515 transexuais, 230 somente este ano. São 5.277 atendimentos ambulatoriais e 27 cirurgias. Entre eles a psicologia é destaque, com 2.490 atendimentos.

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