Em entrevista à Zelo, ginasta olímpico Chico Barretto Jr. comenta sobre carreira e empreendimento em Goiânia

Atleta inaugura o Centro de Treinamento Oly na capital
ginasta olímpico Chico Barretto Júnior
(Foto: Reprodução/ Cristina Dourado)

Por: Adan Neto

O ginasta olímpico Chico Barretto Jr. recebeu a equipe da Revista Zelo no Centro de Treinamento Oly, novo empreendimento de ginástica artística que ele comanda na capital. Chico foi um dos medalhistas dos Jogos Pan-Americanos de 2019 e participou das principais competições de ginástica artística masculina do mundo.

Aos 35 anos, e com duas olimpíadas no currículo, Rio 2016 e Tóquio 2020, o paulista, se une à esposa, a médica esportiva Amália Carneiro, para dar um novo passo em sua carreira com a abertura do centro de treinamento especializado na modalidade. Confira entrevista exclusiva com o esportista:

Francisco, como e quando você começou no esporte?

CB: Minha carreira na ginástica artística começou aos 7 anos em Ribeirão Preto, onde nasci. Nessa idade, iniciei na modalidade em um colégio que já tinha ginástica de alto rendimento, competindo em campeonatos nacionais e internacionais. Cresci em uma família grande, com cinco filhos. Meus pais sempre me incentivaram a praticar várias modalidades: handebol, basquete, futebol, natação, judô, skate, mas a ginástica foi a que me conquistou. Em Ribeirão Preto, minha carreira teve uma pausa por falta de investimentos no alto rendimento. Aos 11 anos, parei de praticar ginástica e retornei dois anos depois, em São Caetano do Sul. Aos 13, recomecei e saí de casa para morar em São Caetano, longe da família, para continuar o sonho olímpico. Treinei por 11 anos na cidade e, hoje, faço parte do Esporte Clube Pinheiros, em São Paulo. Sou formado em educação física desde 2012 e participei das Olimpíadas do Rio de Janeiro 2016 e de Tóquio 2020.

Qual foi o momento mais marcante da sua carreira?

CB: Com certeza, os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ter uma olimpíada em casa, com a torcida brasileira, é algo único. Pude contar com a presença da minha família no ginásio. Nunca imaginei que os levaria para assistir aos Jogos Olímpicos. Foi um dos momentos mais marcantes da minha vida.

Pode nos contar mais sobre o Oly Centro de Treinamento em Goiânia?

CB: Estamos abrindo o espaço para ginástica artística masculina e feminina, incluindo aulas para bebês e crianças, além de treinamento para adultos. Muitas pessoas me perguntam onde podem treinar, e agora terão essa oportunidade. Também teremos um espaço para cross training, preparação física funcional que pode complementar as rotinas de treino. A presença da médica esportiva Amália, minha esposa, é outro diferencial do Oly.

O que motivou a escolha de Goiânia para este novo empreendimento?

CB: Goiânia é uma cidade excelente. Me apaixonei por ela quando competi aqui em 2009 e 2012. Além disso, não temos ginástica masculina em Goiânia, o que pode ser uma novidade para a cidade e região. Quero aumentar o número de praticantes de ginástica e compartilhar meu conhecimento e experiência como atleta olímpico.

Que conselho você daria para jovens ginastas que estão começando?

CB: Aproveitem cada momento e cada dia de treinamento. Sejam persistentes, aprendam e se desafiem. Desejo muita garra para quem está começando, pois a trajetória é longa. Com disciplina e força de vontade, tudo dará certo no final.

Como você vê o futuro da ginástica artística no Brasil?

CB: A ginástica artística no Brasil alcançou resultados importantes, o que ajuda a manter a cultura da modalidade e aumenta sua visibilidade. Tivemos resultados olímpicos e mundiais que servem de motivação para as novas gerações. Sabemos que é um esporte difícil, que exige muita dedicação. Precisamos aumentar o número de praticantes para termos mais talentos disputando as futuras Olimpíadas.

ginasta olímpico Chico Barretto
(Foto: Divulgação)

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