O Sol e as memórias na pele

Os dias na praia podem botar a perder o investimento de um ano inteiro na pele. Dermatologistas ensinam a passar pelo verão sem levar para casa os terríveis efeitos do sol

Ter uma pele de pêssego é possível, mas dificilmente sem cuidados diários e investimentos nos mágicos recursos do século XXI: os ácidos clareadores, a toxina botulínica, os preechimentos biológicos e o laser. Quando o destino de férias é a praia, algumas mulheres se arrepiam só de pensar em jogar fora, em poucos dias, toda atenção dispensada ao longo do ano. É praticamente a história de Cinderela, que subitamente perde o encanto concedido pela fada.

Quer saber realmente os riscos, então vamos lá: “o sol causa envelhecimento precoce, faz as manchas tratadas retornarem e permite que as rugas fiquem mais aparentes”, explica Dr. Gilvan Alves, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – DF. Se esses fatores não são suficientes aí vai mais um: ele é responsável por uma das doenças mais temidas, o câncer de pele.

Filtre-Se – O importante é proteger a fina e delicada pele do rosto e, é claro, a do corpo também. O mantra já é conhecido, mas não é praticado como deveria. Praia apenas até as 10h e depois das 16h – horário real e não o de verão. Sempre que puser o pé do lado de fora do hotel, o filtro solar deve estar previamente aplicado – sendo o fator de proteção solar 15 o mínimo aceitável. “Pessoas de pele clara devem investir em filtros com FPS 30”, destaca Dr. Gilvan.

O produto deve ser reaplicado a cada duas horas e após banhos de mar ou piscina. “Mesmo na sombra deve-se usar o filtro solar, porque a radiação se reflete na água, na areia e até mesmo no asfalto”, lembra o dermatologista. Completa a barreira de proteção o uso de chapéu, óculos com filtro UV e barraca – que deve necessariamente ser de lona ou algodão, porque o nylon permite a passagem dos raios nocivos.

Hidrate-Se – A manutenção da beleza da pele depende diretamente da hidratação. “É necessário ingerir de dois a três litros de água por dia. No verão, devemos até aumentar essa quantidade devido à perda excessiva pelo suor”, explica Dr. Gilvan. “A cervejinha da praia não entra na contabilidade”, brinca.

Após o banho – rápido, com água fria e sabonete neutro – a face e o corpo devem ser hidratados, com produtos especificamente recomendados para cada tipo de pele. “Esse é um ritual que deve estar presente nos 365 dias do ano”, enfatiza o especialista.

Trate-Se – A nécessaire de verão pode conter produtos para tratamento da pele, além do filtro solar, mas o ácido retinóico deve ser deixado em casa. “É fundamental consultar seu médico para saber exatamente o que poderá ser mantido durante as férias. Há produtos que jamais devem ser combinados com dias na praia. Por outro lado, há cremes clareadores que podem seguir em uso, observados alguns cuidados”, orienta.

Quem se exceder, vai ter que aguardar aproximadamente dois meses até que a pele se restabeleça, antes de iniciar qualquer procedimento estético. Laser e luz intensa pulsada são guiados pela melanina e, por essa razão, devem ser radicalmente evitados enquanto a pele permanecer bronzeada. “Quando acaba o verão é que conseguimos ver os estragos na pele das pacientes que, com a exposição solar excessiva e sem proteção, terminam a estação com as fibras de colágeno e elastina quebradas, com aspecto flácido e mais envelhecido”, conclui Dr. Gilvan.

Carla Furtado
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