Espadrilhas são essas sandálias que tem sola de corda acompanhada de cabedal (a parte da frente de todo calçado) de algodão – seu nome original é espadrille (e se a gente quiser falar desse jeito a gente pronuncia “espadríe”, sem os Ls). Apesar desse nome afrancesado as espadrilhas foram inventadas na Espanha e começaram a ser fabricadas na Cataluña ainda no século XIV (!!!). Hoje a gente tá vendo espadrilhas variadas, com cabedal de couro, couro metalizado, peles de animais, vernis (até transparente!).
Pra gente que curte experimentar coisas novas no vestir, essa variação de materiais é o máximo: as espadrilhas originais tem tudo a ver com o nosso calor tropical, com elementos leves e fresquinhos. Acontece que a característica marcante dessa sandália é a sola de corda – o que permite que a frente e o calcanhar sejam menos leves, e que assim gente aproveite a cara artesanal-despojada da espadrilha também em tempos de vento mais fresco. Looks pensados pra temperaturas intermediárias, coordenados com materiais de peso médio (ou com peças leves misturadas com outras pesadas), são conjunto perfeito pra espadrilhas mais fechadas, menos suaves, mais escuras, menos veranescas!
Também por conta da corda-onipresente das espadrilhas, essas sandálias tem características super-ultra informais (mesmo quando tem couros mais nobres nas suas outras partes). Super ok pra gente coordenar com vestidos de algodão, com calças de moletom leve, com macacões de sarja, com coletinhos jeans, com calças de lã fina. Pensa que coerente: os materiais quase-rústicos da sandália acompanham como melhores amigos outros materiais naturais, e assim dão espaço pra gente acrescentar peso visual (e assim equilibrar os looks menos veranis) com acessórios metalizados, com pedras elegantes, com correntes, com tons escuros e o que mais acrescentar toques de refinamento ao look.
E se na versão “alpargatas” as espadrilhas tem sempre solado flat e formato de sapatilha, as mais atuais tem plataformas ou saltos tipo anabelas, fitas e faixas para incrementar amarrações e muito mais personalidade que quase todos os outros modelos que a gente vê nas vitrines. Vale lembrar que as amarrações, quando em cores contrastantes com a da pele, colaboram com a silhueta de quem usa em coordenação com comprimentos mais curtinhos (alô pernas alongadas!).