O último dia de SPFW

Pre-para com Amapô
O desfile da Amapô apresentou o que poderia haver de mais animado na semana de moda de São Paulo. Carô Gold e Pitty Taliano sempre mostram coleções divertidas, vibrantes, originais, irônicas e bem-humoradas e dessa vez não poderia ser diferente, com referências como Barbarella, Miami, ginástica aeróbica e David Bowie e trilha sonora com hits da preparada Anitta a marca agitou as passarelas.
O foco ficou no jeanswear, com muito neon. A proposta é quase unissex para os meninos, com muito cor-de-rosa, jaquetas e shorts curtos, com peças usáveis e que ao mesmo tempo saem do lugar comum para o guarda-roupa masculino. Confira:

Fause Haten
O estilista optou por utilizar apenas uma modelo, a amiga e cliente de muitos anos Flávia Shayoun, mostrando que a grande celebridade é a cliente não o estilista. O raciocínio do designer acompanha o fenômeno das blogueiras de moda e beleza, pessoas comuns que, com seu carisma, conquistaram uma grande audiência e viraram protagonistas no mundo da moda. É o estilo e a beleza dessas mulheres reais, com quem ele convive no dia a dia nas provas de roupa no seu ateliê que ele quis prestigiar.
No palco/passarela, a platéia podia acompanhar Flavia sendo aprontada por Fause e maquiada por Ricardo dos Anjos para, depois, ouvir a descrição de cada roupa, realizada pelo estilista nos moldes dos desfiles de moda de antigamente.
  • Flávia Shayoun, a única modelo do desfile de Fause Haten
Apartamento 03
A peça-desejo da Apartmaneto 03, do estilista Luiz Claudio foi a t-shirt de penas de pato desfilada, única peça da coleção feita com o material, que se tornou o item favorito do designer. A coleção como um todo oferece acabamento primoroso, bons tecidos e design afiado para criar uma imagem de moda ao mesmo tempo clean e cheia de detalhes complexos. A referência foi a liturgia de várias religiões.
  • Destaque para a t-shirt de penas de pato
Africa Africans
Esta edição do SPFW trouxe uma novidade misteriosa: a apresentação do grupo Africa Africans, que escolheu o Museu Afro Brasil, localizado no Parque do Ibirapuera para sua apresentação. O grupo formado por Palesa Mokubung, da África do Sul, Maki Osakwe, da Nigéria, Jamil Walji, do Quênia, Xuly Bët, de Mali, e Imane Alyssi, de Camarões quis introduzir no Brasil um pouco da cultura africana através da moda.
O desfile faz parte de um projeto grandioso, que traz a contemporaneidade da arte africana para o Brasil, por meio de uma exposição desses artistas, que será inaugurada no dia 25 de maio, que é o Dia Mundial da África

  • Passarela montada no Museu Afro Brasil para o desfile da Africa Africans
Glória Coelho
A cura por meio das roupas. A ideia de Gloria Coelho é vender, junto com sua moda, energias positivas. Por isso, decidiu imprimir palavras inspiradoras como “amor”, “luz” e “proteção” nos forros de suas peças e em camisetas usadas com sobreposições. O material de ordem é o vinil, que aparece nos melhores looks da coleção. São os vestidos com tiras de vinil, couro e tricô feitos diretamente no corpo da modelo pela própria estilista e que fazem um movimento que acaba num volume, remetendo às ondas do mar que levam ao surf, um dos esportes eleitos por Gloria neste verão.
Isis Valverde fechou a apresentação da grife com um look bridal.
  • As tiras de vários materiais aplicadas sobre o tule transparente, dialogando com as faixas de couro nos blazers e calças dão o mood gráfico geométrico do verão da grife
Fotos: Agência FotoSite

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