Mulheres, normalmente, são perfeccionistas e priorizam a estética. Homens, em sua maioria, se atem mais aos gastos. Como conciliar opiniões tão diferentes quando o assunto é construir ou reformar uma casa? A briga fica ainda mais árdua se o que está em jogo são os acabamentos, como torneiras, portas, piso, entre outros detalhes que podem fazer a diferença no visual, e nos custos, da obra.
O arquiteto da Irmãos Soares, Rodolfo Naves, conta que já presenciou inúmeras brigas pelo mesmo motivo. “Em um dos casos, uma cliente chegou a esconder do marido o valor total dos produtos escolhidos. Mentiu o valor da nota, e depois veio à loja para pagar a diferença e comprar os produtos que ele não havia deixado inicialmente”, confidencia.
Para o profissional, que já virou mestre em lidar com esse tipo de situação, o importante é buscar o equilíbrio. “Quando isso acontece, que é bastante comum, o ideal é buscar gastar mais em um lugar e poupar em outro. Os dois têm que sair felizes”, brinca.
Veja algumas dicas do arquiteto para evitar as brigas:
Eleger prioridades – Qual o cômodo é o preferido para se investir mais? Selecione-o para receber mais acabamento de primeira linha, em detrimento de outros.
Pesquisar produtos similares – na linha de acabamento, há uma diversidade enorme de produtos. É preciso sempre procurar, comparar marcas, preços e itens similares. Uma dica para quem deseja piso de porcelanato, por exemplo, é eleger as peças de tamanhos menores, que custam menos do que os grandes formatos.
Equilíbrio de opiniões – Nem tanto ao céu, nem tanto ao mar. Para um casamento dar certo, os dois lados têm que saber ceder e buscarem juntos o equilíbrio. Nesse caso, então, é fundamental pensar juntos nos gastos, analisar e decidir onde e como investir. Para a construção ficar perfeita, o produto não precisa, necessariamente, ser o mais caro, nem o mais econômico.
Deixar decoração e detalhes para um segundo momento – Via de regra, uma obra demanda muito investimento e, após a conclusão, serão necessários ainda gastos com os complementos de mobiliário, luminárias e acessórios. Uma opção para se conciliar os conflitos é usar os recursos com os revestimentos desejados e deixar para depois os detalhes do pós-obra. A casa pode não ficar totalmente pronta e perfeita para receber as visitas, mas a parte da reforma fica concluída e o casal toma um fôlego em suas economias.
Texto: Comunicação sem Fronteiras