O grafite está alta no momento e vem conquistando novas paredes: o que antes era restrito às vias públicas e muros, hoje ganha espaço nos lares de solteiros e jovens casais antenados em design e cultura urbana. Diferentemente da pintura em quadros, que é elaborada à distância em ateliês, o grafite é concebido no local onde será exibido, por isso pode ser feito sob medida e com a possibilidade de seus traços interagirem com o ambiente.
- Decoração sala de jantar – Marcelo Zuffo (Foto: Divulgação)
A trajetória do grafiteiro Marcelo Zuffo é exemplo de como essa linguagem é cada vez mais usada como elemento decorativo. O artista estima que já tenha estampado seus desenhos em mais de 20 apartamentos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. A obra de Zuffo é marcada por personagens carinhosamente chamados de entidades, que assumem formas retros de figuras de ficção, mulheres e robôs, que junto com prédios, ruas, carros e árvores, compõem paisagens urbanas e lúdicas.
As intervenções em grafite são idealizadas para cada ambiente em particular, adaptadas ao briefing e às preferências dos donos do imóvel. “Uso tons monocromáticos para evitar um choque de informações quando o ambiente já possui elementos com tonalidades fortes. Mas, se estes forem discretos, podemos brincar mais com as cores” afirma Zuffo. Os materiais usados são spray, caneta posca à base d’água e unipaint, composta por óleos e pigmentos.
- Interação com interruptor – Marcelo Zuffo (Foto: Divulgação)
- Grafismo no banheiro – Marcelo Zuffo (Foto: Divulgação)