Um dos locais mais concorridos de Goiânia para lazer e prática de esportes ao ar livre, a Alameda Ricardo Paranhos concentra diariamente os adeptos às corridas e outras atividades físicas, além de amantes da boa cozinha, já que centraliza bares e restaurantes icônicos da cidade como o Paim, a Tribo do Açaí, o Bapi, o Moony e outros que estão nos arredores, além de dispor de lojas voltadas para móveis e decoração. Para consolidar sua vocação como espaço de tendências no Setor Marista e na cidade, no dia 11 de agosto (terça-feira) será inaugurado o atrativo que faltava para a charmosa alameda: um parklet.
O parklet será instalado na frente do Espaço EBM e será gerido pela própria empresa por um ano, renovável por outros dois. O espaço, projetado pelo arquiteto Vinicius Aires, tem como referência os parklets de São Francisco, nos Estados Unidos, cidade precursora desse ambiente que nada mais é que uma extensão temporária de calçada, feita por meio da instalação de uma plataforma móvel equipada com bancos, mesas e outros elementos com função recreativa, a fim de democratizar os espaços públicos.
O Parklet EBM procura ser um espaço público agradável à convivência, equipado com bancos, floreiras, mesas, guarda-sóis e bicicletário com capacidade para seis bicicletas. “Os parklets melhoram a paisagem urbana e criam ambientes melhores para pedestres e ciclistas, tornando os lugares melhores para se viver e conviver”, afirma o coordenador de comunicação da EBM Desenvolvimento Imobiliário, Ademar Moura.
Para criar harmonia entre a intervenção e a alameda, o arquiteto buscou integração com a Ricardo Paranhos por meio do paisagismo, usando bastante verde. “O paisagismo é um diferencial do meu trabalho. Sempre busco integrar arquitetura e paisagismo e neste projeto não poderia ser diferente. Minha intenção foi criar uma atmosfera agradável e diversificada com a instalação de floreiras em partes estratégicas, proporcionando áreas com incidência solar variável. Além disso, utilizei diferentes espécies de plantas que fazem parte do cotidiano do goianiense como palmeiras, begonhas e folhagens, respeitando características e o clima da região”, explica Vinicius.
O parklet é feito de estrutura metálica e seu mobiliário de madeira certificada tipo Pinus Autoclavado. O sistema de autoclave, explica o arquiteto, é um cilindro que suporta pressão, em que a madeira é colocada e em seguida produtos químicos preservantes são injetados, a fim de prolongar sua vida útil. “A partir deste processo, a madeira oferece alta durabilidade, economia, segurança, versatilidade, fácil manutenção e garantia de qualidade. O essencial é ressaltar que ao prolongar a vida útil da madeira, reduzimos a necessidade de cortar novas árvores”, afirma.
Parklets em Goiânia
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia, regulamentou os parklets na cidade no último dia 30 de março, por meio de decreto que autoriza, por até três anos, o uso temporário de vias como extensão de áreas públicas voltadas à convivência. A regulamentação estabelece que esses ambientes, geridos pela iniciativa privada, tenham placas que atestem o caráter público e a vedação à utilização exclusiva, inclusive pelo mantenedor do espaço. O poder público municipal também proíbe atividades comerciais dentro desses locais.
O primeiro parklet de da cidade foi inaugurado no final de abril, junto com a Casa Cor Goiás, na Rua Mario Bittar, no Setor Marista, e foi removido assim que a mostra terminou. Atualmente a cidade conta com outros dois: no estacionamento da Praça Adélia Martins, na Avenida 137, e na Avenida 136, ambos no Setor Marista.
O conceito dos parklets foi criado em São Francisco, em 2005, mas ganhou força mesmo em 2010. São Paulo adotou a iniciativa em 2013. Fortaleza, Belo Horizonte e Porto Alegre também já têm as estruturas. O objetivo é estimular processos participativos, incentivar o transporte não-motorizado e aumentar a oferta de espaços públicos.