Adan Neto
Com a proximidade das Olimpíadas de 2024, que começam em 26 de julho em Paris, os uniformes dos comitês olímpicos têm chamado a atenção. Os países participantes selecionaram marcas e designers locais para desenvolver as vestimentas que serão usadas durante as competições e cerimônias olímpicas.
Os idealizadores buscaram representar a cultura de seus países através dos uniformes, inspirando-se nas vestimentas tradicionais e aspectos da fauna e flora de cada lugar, como no caso do Brasil. Selecionamos os uniformes que mais se destacaram pela originalidade e criatividade. Confira:
Mongólia
As irmãs Michel e Amanzonka, da Michel&Amazonka, foram escolhidas para elaborar os uniformes de abertura e encerramento dos jogos olímpicos. Misturando estilo e tradição, as peças fazem uma viagem no tempo através dos elementos clássicos das vestimentas do povo mongol com toques modernos característicos da dupla.
As túnicas foram desenvolvidas com bordados típicos e homenageiam o símbolo do país, com tochas e anéis olímpicos. As cores da bandeira da Mongólia são usadas no look, com a adição do branco, tornando a proposta clean.
Brasil
Os uniformes brasileiros foram desenvolvidos pela fast fashion Riachuelo. As peças remetem ao estilo tropical do país, com saias brancas e calças fluidas combinadas com o clássico chinelo da Havaianas. A jaqueta jeans traz nas costas um bordado especial que homenageia a vegetação e a onça-pintada brasileira.
Estados Unidos
Mantendo a tradição, a Ralph Lauren desenvolveu as vestimentas para os jogos olímpicos do país. A marca nova-iorquina abordou peças comuns do guarda-roupa americano, como suéteres, camisas sociais listradas e jaquetas, adicionando toques representativos do país. A coleção para Paris 2024 pode ser considerada uma extensão da linha criativa da marca, tornando as roupas esportivas sutis e elegantes.
França
A anfitriã das Olimpíadas de 2024, considerada um dos principais países da moda, não decepcionou nos uniformes. As vestimentas francesas foram desenvolvidas por Stéphane Ashpool, diretor criativo da marca de streetwear Pigalle.
O vermelho, branco e azul da bandeira foram explorados num gradiente predominante em toda a coleção. A modelagem se destaca, já que Stéphane manteve sua proposta de moda descolada e fashionista. As peças poderiam facilmente ser usadas em diferentes contextos, além do esportivo.
Haiti
O país escolheu a designer Stella Jean para a criação de seus uniformes. A marca é conhecida por sua representatividade multicultural. As peças foram desenvolvidas com a filosofia de relembrar a primeira república formada por pessoas negras no mundo. As estampas foram feitas em colaboração com o artista visual haitiano Philippe Dodard, apresentando um mosaico colorido e alegre.
Reino Unido
A marca Ben Sherman levou a primavera dos países do Reino Unido a Paris. Destacando-se das demais, as peças desenvolvidas pela marca carregam bordados e estampas florais que tornam a proposta alegre e convidativa. A modelagem se mantém simples e casual, mas a estamparia escolhida atribui todo o charme aos uniformes.
Taiwan
A Ásia se destaca quando se trata de originalidade. O estilista Justin Chou, designer-chefe da JUST IN XX, trouxe ternos texturizados e modernos que representam a cultura de Taiwan. A proposta da marca remete à ancestralidade local, com o desenvolvimento de tecidos em parceria com artistas indígenas. A moda apresentada pelo país utiliza tecidos sustentáveis, alertando para a necessidade da conscientização das grandes marcas sobre a sustentabilidade na moda.