O último dia de desfiles do outono-inverno 2016 no São Paulo Fashion Week fechou com chave de ouro a semana de moda. Giuliana Romanno, Patricia Viera, Wagner Kallieno, Ratier, Colcci e Amapô mostraram os highlights e suas apostas para a estação. Confira!
Giuliana Romanno
Para o inverno 2016, Giuliana pensou em uma mulher livre, que transita por várias atmosferas, uma pirata urbana, com o espírito dos antigos corsários. A estilista escolheu a galeria Rabieh, nos Jardins, um espaço bem intimista para apenas 50 convidados e com 17 looks na passarela. As clientes e buyers viram o desfile em outras exibições, preservando o clima petit comitê.
Na passarela, alfaiataria bem construída, seus vazados geométricos que estão por toda a coleção, camisas leves e translúcidas, o veludo cortado a laser, as amarrações nas cinturas e punhos, as fendas e os recortes, tudo super bem editado com a ajuda do olhar do stylist Pedro Sales.
Patricia Viera
Para o inverno 2016, Patricia caprichou nas modelagens tradicionais, dos vestidos cinquentinha com top justinho e saia rodada aos curtinhos retos e casacos e jaquetas, saias mais ajustadas de comprimento midi e calças flare. Inspirada pelo deserto do Ataca, ela criou estrelas de couro, aplicadas em dois vestidos transparentes.
Nas colaborações de estamparia, a artista plástica Klaucia Badaró assina a pintura à mão das listras coloridas com efeito meio aquarelado que fazem referência à tapeçaria chilena. Já a ilustradora carioca Clara Veiga desenhou à mão, com caneta bic, o céu do Atacama em um casaco.
Wagner Kallieno
Com o intuito de dar uma rejuvenescida na marca, Wagner Kallieno injetou um tom de rock em forma de empapelados metalizados, vinilizados, couro com animal print, lã com degradê escuro (azul ou vinho com preto), peludinhos e chamois em suas peças. As opções são mídi ou extracurto, as modernas podem escolher as experimentações em alfaiataria e as sensuais já vão correr para o justinho.
Ratier
A estreia da Ratier trouxe um clima minimalista industrial ao São Paulo Fashion Week. Passarela com chão de fumaça branca, coleção quase total black, o streetwear fashionista apoiado no menos é mais com pegadas de design vanguardista ao estilo dos japoneses marcou o Inverno 2016 da marca criada há menos de um ano pelo empresário e dono do D-Edge, Renato Ratier.
A inspiração de Ratier eram os guerreiros, e apareceu nas peças de couro que caracterizam a grife desde sua coleção de lançamento (esta é a terceira), que vinham sem acabamento, como se fossem peles de animais rasgadas.
Colcci
Tons terrosos e florais são alguns dos focos do desfile da Colcci. Jeans, alfaiataria e sportswear foram os highlights do desfile. A estamparia inspirada nos desertos de Gobi e Namíbia se traduzem em desenhos psicodélicos em vermelho queimado. Logo no começo, uma sequência de vestidos, saias e casacos jeans. O denim bruto resultou em looks mais estruturados. O feminino traz um perfume silvestre com rendas e chamois aplicados em vestidos midi e o masculino investe forte na alfaiataria com referência no sportswear.
Amapô
Pitty Taliani a Carô Gold contaram uma história de amor entre dois góticos/vampiros vitorianos que não possuem gênero. Nas passarelas, calças boca de sino se tornaram um clássico e nesta edição, apareceu nas cores turquesa, vermelho e com aplicações de couro. Os modelos skinny em camelo e berinjela também deverão virar um sucesso de vendas. O couro foi o material mais usado na coleção, principalmente para os homens, ele apareceu em calças justas ao corpo e jaquetas com o jeitão de anos 80, outro clássico da marca.