
É na Berlim destruÃda e ocupada que Andreas-Friedrich recorda os acontecimentos: rua a rua e quase casa a casa, a cidade vira um campo de batalha e, depois da derrota, um amontoado de escombros. A guerra havia acabado, Hitler caÃdo, começava uma outra guerra, em que era preciso conviver com a desconfiança dos soldados invasores. Quem permaneceu vivo não tinha outra coisa a fazer a não ser lutar pela sobrevivência. A vida civilizada desapareceu, vagava-se entre as ruÃnas fugindo de tiros e procurando comida. Pelo caminho, restos, cadáveres, sobreviventes e soldados, a maioria russos – ansiosos por vingança depois da recente devastação de seu paÃs.Â
A autora descreve os efeitos da guerra: “[Será mesmo] uma reconstrução promissora, com sete milhões de membros do Partido Nazista disfarçados como nosso capital democrático inicial?â€Â
A autoraÂ
Ruth Andreas-Friedrich nasceu em Berlin-Schöneberg em 1901. Em Berlim, trabalhou como jornalista, escrevendo resenhas e artigos para o Neue Badisch Zeitung e para o Königsberger Allgemeine, e, mais tarde, para diversos jornais e revistas femininos. Durante a guerra, integrou o grupo de resistência Onkel Emil na capital alemã. Em seu obituário para o Israel Nachrichten, Alfred Frankenstein escreveu: “Ela é uma daquelas cidadãs germânicas que salvou a re¬putação de seu povo durante a fase mais negra. Que sua memória seja reverenciadaâ€. Ruth Andreas-Friedrich morreu em Munique, em 1977.
TÃtulo: Diário de Berlim ocupada – 1945-1948Â
Autor: Ruth Andreas-FriedrichÂ
Páginas: 306Â
Formato: 14 x 21 cmÂ
Preço: R$ 44,90