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De 04 a 08 de agosto, durante o XXV Congresso Brasileiro de Neurologia, em Goiânia-GO, médicos discutirão um ponto pouco conhecido pela população, mas que afeta um grande número de brasileiros: a rigidez excessiva da musculatura de pacientes que sofreram AVC, traumas na medula, paralisia cerebral ou são portadores de esclerose múltipla.
Chamada espasticidade, esta sequela comum em pacientes com problemas no sistema nervoso central faz com que o indivíduo apresente dificuldades no movimento e, quando não tratada, pode resultar em contratura permanente do músculo, levando a maior incapacidade, dor e deformidade. Dependendo da severidade e localização da espasticidade, os pacientes podem precisar de assistência para tomar banho, vestir-se, limpar-se, comer ou, ainda, andar.
Em uma pesquisa recente, foi pedido a 810 pessoas com espasticidade que classificassem quais sintomas tinham um impacto negativo maior em sua qualidade de vida. Mais de 40% indicaram a rigidez ou a amplitude de movimento limitada em seu(s) membro(s) afetado(s). Cerca de 35% apontaram a dor, a incapacidade de dormir e a postura anormal, e 23,5% limitações nas atividades da vida diária.
O impacto da espasticidade na vida do paciente varia de acordo com a severidade da condição e dos músculos afetados. Porém, o tratamento sempre deve envolver uma equipe multidisciplinar (especialista em medicina física e reabilitação ou neurologista especializado em reabilitação, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo e enfermeiro), além da aplicação de toxina botulínica do tipo A (Botox).
Muitas vezes, a fisioterapia acaba sendo dificultada e dolorosa devido à rigidez muscular; por isso o uso da toxina botulínica tipo A se faz tão importante, uma vez que pode reverter este quadro e otimizar o tratamento.
“Acredito que um ponto importante a ressaltar é o alívio da dor, principalmente em crianças. Muitas mães relatam que os filhos apresentam uma tranquilidade maior e passam a ter também um sono melhor após a aplicação de Botox, pois estamos tratando a espasticidade e o relaxamento daquele músculo afetado”, explica o Dr. Nasser Allan, neurologista do Hospital de Base de Brasília. O médico também complementa: “Além disso, com o uso da toxina botulínica tipo A, temos um ganho no processo de reabilitação, que poderá fazer com que a volta dos movimentos seja normalizada o quanto antes. O Congresso Brasileiro é um espaço importante para debatermos todas estas questões, expor as melhorias e o que ainda podemos trazer de benefícios por meio do conhecimento que cada um de nós possui”.
Outra informação importante e que, muitas vezes, as pessoas desconhecem é que o tratamento com a toxina botulínica tipo A para espasticidade é oferecido pelo SUS e existem diversos centros especializados pelo país para a realização da aplicação. “Estamos caminhando para que este assunto seja cada vez mais disseminado e o acesso possa ser para todos. Além da questão da infraestrutura adequada, estes centros também devem contar com equipe multidisciplinar, onde o ideal é a presença de profissionais como neurologista, fisiatra e ortopedista, no mínimo”, conclui o médico.
XXV Congresso Brasileiro de Neurologia
Data: 04 a 08 de agosto de 2012.
Horários: nos dias 04, 05 e 08/08 – das 8h às 18h.
06/08 – 7h às 17h.
07/08 – 7h às 16h.
Local: Centro de Convenções de Goiânia – GO.
End.: R. 4 nº 1.400 – Centro, Goiânia– GO.
Mais informações no site www.neurogoiania2012.com.br